Política
Assembleia confirma extinção do TCM pela 2ª vez em menos de um ano
A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará
extinguiu, nesta terça-feira, 8, o Tribunal de Contas dos Municípios por 30
votos contra 9. É a segunda extinção do órgão de fiscalização de contas em oito
meses. A primeira, em dezembro do ano passado, acabou sendo anulada após o
Supremo Tribunal Federal (STF) intervir depois de provocação da oposição
questionando a tramitação da matéria.
A
aprovação é em segundo turno e só precisa ser sancionada pela Mesa Diretora da
Assembleia Legislativa do Ceará. A oposição promete entrar com recurso no STF
para tentar, mais uma vez, suspender os efeitos da lei.
“Grupos
políticos se utilizam do órgão para passar a mão na cabeça dos aliados e
perseguir os adversários. Essa tem sido a prática do TCM. Como disse na votação
anterior, quando a política entra nos tribunais a justiça sai pela primeira
porta”, disse o autor da PEC, deputado Heitor Férrer (PSB) durante a discussão
da PEC.
Crítico da
matéria, o deputado Ely Aguiar (PSDC) chamou a votação que extinguiu o TCM de
“circo”. “O circo foi bem montado. O circo está agindo de acordo com o figurino
e os outros sendo utilizados como instrumento de vingança. Se não tivesse
acontecido essa briga de comadre, esse racha, isso não estaria acontecendo”,
desabafou.
Defensor
da aprovação da PEC, o relator da proposta, deputado Osmar Baquit (sem partido)
disse que “a sede do maior partido do Estado do Ceará (segundo ele, o TCM)
estará dando lugar à fusão de um tribunal que vai ser forte”.
Com a
aprovação, os técnicos do TCM serão remanejados para o TCE, assim como vai
ocorrer a redistribuição dos processos aos conselheiros do órgão de
fiscalização.
Ajuizamento
Assim como
ocorreu durante todo o processo de discussão e votação das duas PEC’s, a
aprovação da emenda vai ser ajuizada. Pelo menos é o que promete o presidente
do TCM, Domingos Filho, que já está em Brasília.
“Nós vamos
ajuizar. Eu já estou em Brasília para dar entrada em recurso no Supremo
Tribunal Federal. A aprovação foi um absurdo, uma agressão à Constituição e ao
regimento”, disse.
O POVO
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