Política
Temer calcula com otimismo votos a favor da reforma da Previdência
O presidente Michel Temer
mostrou-se otimista com o apoio que pode ter na Câmara dos Deputados para a
aprovação da reforma da Previdência. Por ser uma proposta de emenda à
Constituição, para ser aprovada é necessário conseguir três quintos do total de
deputados, ou seja, 308 votos para seguir para o Senado. Em entrevista à rádio
Band News, na tarde dessa quinta-feira (3), Temer disse sentir-se “fortalecido”
para aprovar a reforma.
“Eu me sinto fortalecido
para isso, viu? Eu contei até praticamente 285 votos numa questão que foi
discutida ontem [2] e, para aprovar a emenda da Previdência, são necessários
308 votos. Mas, de qualquer maneira, eu sei que muitos que votaram contra [mim]
são a favor da reforma da Previdência”, disse.
Em sua fala, o presidente
tomou como base os 264 votos a seu favor, na noite dessa quarta-feira, que
rejeitaram a denúncia de corrupção passiva feita contra ele pela
Procuradoria-Geral da República. Além disso, incluiu em seu cálculo os ausentes
e as abstenções, que o favoreceram simplesmente por não terem se posicionado,
completando 285 parlamentares. Em seguida, ele defendeu, mais uma vez, a
reforma.
“Nós vamos estabelecer uma
reforma que é suave, é tranquila, é paulatina. E em 20 anos é que nós vamos
vê-la implementada. Se você não fizer uma reforma, ainda que suave, paulatina,
vagarosa, como nós estamos fazendo, daqui a alguns anos você só terá dinheiro
para pagar funcionário público e Previdência, nada mais”.
Emendas parlamentares
Temer também se defendeu de
acusações da oposição sobre a liberação de emendas parlamentares para que
deputados, supostamente, votassem ontem (2) a seu favor. “Quando o parlamentar
em seu nome, ou em nome da bancada do seu estado, apresenta uma emenda até
certos valores, ela necessariamente tem que ser paga. Daí o título de emenda
impositiva”, explicou.
O presidente afirmou ainda,
durante a entrevista, que foram liberadas emendas impositivas, tanto para
parlamentares da base como para a oposição. “Se eu mostrar as verbas de emendas
que foram entregues à oposição, você ficará espantado, porque aquelas entregues
aos deputados da oposição, muitas vezes, são em número e valores maiores do que
aquelas entregues aos membros da base governista”, disse. O presidente
completou afirmando que os oposicionistas “ficariam corados, vermelhos” se
vissem a folha de pagamento de emendas para parlamentares contrários ao seu governo.
Agência Brasil
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