Mundo
Avião comercial vai voar sem piloto em 2050, estima banco
Corte
de pilotos trará economia as empresas aéreas
Você voaria em um avião sem piloto? A pergunta vem
martelando cabeças em departamentos de pesquisa e desenvolvimento da indústria
aeronáutica, cientes de que do ponto de vista tecnológico a pergunta não é
"se", mas "quando" aeronaves do tipo estarão disponíveis.
O banco suíço UBS fez uma extensa
pesquisa de mercado sobre o tema em agosto, e perguntou a 8 mil
consumidores nos EUA, na Europa e na Austrália se eles entrariam em um
avião-robô. Sem surpresa, 54% descartaram a ideia e 17% topariam a experiência,
levando os analistas a estimar 2040 ou 2050 como horizonte para o negócio
prosperar. O UBS identificou uma economia possível de US$ 35 bilhões anuais nos
mercados americano, europeu e asiático, puxada pelo custo a ser cortado com
pilotos de aviões comerciais (US$ 26 bilhões).
Outros itens aparecem na lista. De forma algo
contraintuitiva em relação aos temores dos clientes, haveria economia com o
aumento da segurança (US$ 4 bilhões em seguros). Isso
porque, segundo a Agência Federal de Aviação dos
EUA, 80% dos acidentes são causados por fatores humanos, talvez 20% por fadiga.
Nunca foi tão seguro voar, naturalmente se você não integrar as estatísticas de
acidentes: 2016 teve o menor índice de incidentes por milhão de voos
registrado.
A operação já é muito automatizada, e os pilotos
basicamente só decolam e pousam aviões. "Mas o ser humano é o 'back-up'
final", lembra o diretor de Segurança e Operações de Voo da Associação
Brasileira de Empresas Aéreas, Ronaldo Jenkins. Ele concorda, contudo, que o
avanço tecnológico é inexorável. "A questão é cultural. Primeiro as
pessoas terão de se acostumar a carros sem motorista, por exemplo. Aí poderemos
ter aviões só com um piloto, como antigamente tínhamos aviões com três e,hoje,
são só dois. No futuro, talvez nenhum."
Diário do Nordeste
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