Geral
Petrobras anuncia reajuste médio de 12,2% no gás de cozinha a partir desta quarta
Se reajuste for
integralmente repassado ao consumidor, empresa estima que o preço do botijão
pode ser reajustado, em média, em 4,2% ou cerca de R$ 2,44 por unidade
Petrobras
informou na terça-feira (5) que decidiu elevar em 12,2% em média o preço do
botijão de gás de até 13 kg nas distribuidoras a partir desta quarta-feira (6),
devido a estoques muito baixos e eventos extraordinários, como os impactos do
furacão Harvey na maior região exportadora mundial de gás liquefeito de
petróleo, nos Estados Unidos.
A Petrobras
destacou que o reajuste previsto foi aplicado sobre os preços praticados sem
incidência de tributos. Se for integralmente repassado ao consumidor, a empresa
informa que “o preço do botijão de GLP P-13 pode ser reajustado, em média, em
4,2% ou cerca de R$ 2,44 por botijão, isso se forem mantidas as margens de distribuição
e de revenda e as alíquotas de tributos”.
A Petrobras
informou que o Grupo Executivo de Mercado e Preços (Gemp) fará uma nova
avaliação do comportamento deste mercado em 21 de setembro com possibilidade de
subir ou baixar, de acordo com o comportamento do mercado internacional.
Em outro
comunicado, a empresa informou reajuste de 2,5% nos preços das distribuidoras
do GLP destinado a uso industrial e comercial, também válido a partir de hoje.
Em nota, o
Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo
(Sindigás) informou que o reajuste oscilará entre 11,3% e 13,2%, de acordo com
o polo de suprimento, no caso do gás de cozinha. "A correção aplicada não
repassa integralmente a variação de preços do mercado internacional, com isso,
o Sindigás calcula que o preço do produto destinado a embalagens até 13 quilos
ficará 16,56% abaixo da paridade de importação, o que inibe investimentos
privados em infraestrutura no setor de abastecimento", informou.
Em relação ao GLP
Industrial (para embalagens acima de 13 quilos), o reajuste irá oscilar entre
2,4% a 2,6%, dependendo do polo de suprimento, estima a entidade.
Na avaliação do
Sindigás, o aumento do GLP para embalagens que atendem ao comércio e à
indústria "é preocupante, pois afasta ainda mais o preço interno dos
valores praticados no mercado internacional, impactando justamente setores que
precisam reduzir custos. Com o aumento de preços, o Sindigás calcula que o
valor do produto destinado a embalagens maiores que 13 quilos ficará 39,94%
acima da paridade de importação".
Revisão de preços
mensal
Pela nova
política de preços adotada pela Petrobras, o preço do Gás Liquefeito de
Petróleo (GLP) será revisado todos os meses.
Segundo a
estatal, o preço final às distribuidoras será formado pela média mensal dos
preços do butano e do propano no mercado europeu, convertida em reais pela
média diária das cotações de venda do dólar, mais uma margem de 5%.
Em agosto, a
Petrobras reajustou o preço do gás de cozinha residencial em 6,9%. Em julho, a
Petrobras reduziu o preço em 4,5%, após ter aumentado o valor em 6,7% no mês
anterior.
G1
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