Saúde
Ceará tem mais de 5 mil casos de doença diarreica confirmados em janeiro de 2018
Vômito, mal-estar, diarreia, dor de cabeça e tontura são
alguns dos sintomas da doença.
Foram
confirmados, na segunda semana de janeiro, 5.248 casos de
Doença Diarréica Aguda (DDA) no Ceará. Os dados são do primeiro boletim
divulgado semanalmente pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) acerca
das doenças de notificação compulsória. O município mais afetado foi Maracanaú,
com 714 casos, em seguida Caucaia, com 676 e Sobral, com 502.
Segundo a
enfermeira e técnica do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Ceará, Caroline
Muniz, em 2016, no mesmo período, foram 4.473 casos confirmados, mas ela
acredita que seja devido à vigilância mais intensa que houve em 2018.
"Não
houve crescimento, em geral, é esse número mesmo (5 mil). Em 2017 tivemos 308
mil casos de DDA no ano todo. Existe um aumento do número de casos no período
chuvoso, entre fevereiro, abril e maio, mas a partir do meio do ano a gente tem
uma diminuição, com cerca de 2 mil casos semanais", explica a
técnica.
Com o
período chuvoso, muitas pessoas consomem água não tratada, causando a DDA. Além
disso, a época também é de maior reprodução das moscas, favorecendo a
contaminação dos alimentos.
Vômito,
mal-estar, diarreia, cefaleia, tontura e fezes pastosas são alguns dos
sintomas. Para evitar, o ideal é lavar e armazenar bem os alimentos, usar hipocloreto
de sódio para limpar a água e não consumir alimentos de fontes
estranhas.
Caroline
ressalta, ainda, que as crianças e os idosos são mais vulneráveis à doença.
"Esse público tem uma imunidade mais debilitada, diferente do adulto, que
pode consumir água de qualidade não tão boa e não ficar doente", explica.
A DDA é
infecciosa e, de acordo com o dr. Rui Gouveia, médico e gerente da
Célula de Atenção Primária da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), mais de
80% dos casos são causados por vírus que atacam o intestino causando a
diarreia.
"A
transmissão deles, geralmente, se dá pelo contato. Quando uma pessoa
que tá com a doença vai ao banheiro ou almoçar e não lava bem as mãos, passa
para o organismo também. Então ao lavar as mãos, você consegue evitar essa
transmissão com mais frequência", alerta o médico.
Além
disso, a hidratação é outro fator diferencial para quem
adquire a doença, devendo tomar pelo menos três litros de água diários. "O
monitoramento disso é simples, vendo a sua urina. Se ela estiver clarinha, você
está se hidratando bem", sugere o dr. Rui.
Diário do Nordeste
Notícia mais recente
Próxima notícia
.png)



Deixe seu comentário
Postar um comentário