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Reforma da previdência é importante para 66% dos empresários, revela levantamento do SPC Brasil e CNDL
Uma pesquisa realizada pelo
Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de
Dirigentes Lojistas (CNDL) com líderes empresarias dos ramos do comércio e
serviços revela que a maior parte da classe empresarial avalia de forma
positiva as mudanças na política econômica do atual governo.
Segundo o levantamento, 66%
dos entrevistados consideram importante a aprovação da reforma da Previdência,
discussão que vem sendo tratada como prioridade pelos poderes Executivo,
Legislativo e por especialistas na área fiscal. Para 27% a reforma não é
importante, ao passo que 7% não têm uma opinião formada a respeito.
De modo geral, as mudanças
recentes na política econômica do governo são consideradas importantes para 79%
dos empresários consultados contra 13% que rejeitam a importância dessas ações.
Os que defendem que o próximo presidente dê continuidade a agenda de mudanças
na condução da economia formam 75% dos empresários, ainda que 70% considerem
necessário algum tipo de correção nas medidas.
O mesmo estudo aponta ainda
que 70% dos comerciantes e empresários que atuam no segmento de serviços
consideram importante a recente reforma trabalhista contra 23% de reprovação.
No caso da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que estipula um teto de
gastos do governo, são 73% que avaliam a medida como importante.
Para o presidente da CNDL,
José Cesar da Costa, a reforma da Previdência é um tema que gera polêmica, mas
que não pode ser tratado como tabu. “A evolução da situação demográfica
brasileira e o orçamento deficitário público agravado nos últimos anos já
influenciam a opinião pública de que o Brasil terá de fazer mudanças profundas,
duras e necessárias. Ainda que os empresários discordem de alguns pontos, a
reforma da previdência é algo inevitável”, explica o presidente.
Combate a corrupção e
diminuição da carga tributária
Faltando pouco menos de nove
meses para o país escolher um novo presidente, a pesquisa do SPC Brasil e da
CNDL também procurou investigar o que os líderes empresariais esperam do novo
político que comandará o Brasil pelos próximos anos. De modo geral, os
empresários mostram-se divididos: 39% estão indiferentes, 27% otimistas e 20%
pessimistas com o resultado que sairá das urnas. A nota média para a esperança
de que o Brasil vai melhorar depois das eleições é de 5,6 pontos em uma escala
que varia de zero a 10.
Na avaliação dos empresários
consultados, as três prioridades do próximo presidente eleito devem ser ampliar
e apoiar medidas de combate à corrupção (55%), promover políticas de redução de
impostos e da carga tributária (40%) e redução dos juros (34%), medida que
fortalece a concessão de crédito e o consumo.
Político experiente ou
candidato do ramo empresarial?
Quanto às habilidades
pessoais do candidato a presidente da República, os empresários defendem um
perfil de alguém que ‘ponha a mão na massa’ e toque projetos transformadores na
saúde, educação e obras de infraestrutura, opção citada por 45% dos empresários
ouvidos.
Há ainda 25% de
entrevistados que defendem um presidente próximo do povo. Se por um lado, 24%
dos entrevistados defendem que o próximo presidente seja um político experiente,
outros 21% optam por alguém que seja do ramo empresarial e que tenha trajetória
de sucesso em seu segmento.
Indagados sobre as
características pessoais mais importantes que esperam do próximo presidente,
58% defendem que ele seja honesto. Para 31%, é importante que ele cumpra suas
promessas de campanha e 30% têm a esperança de que ele seja ‘pulso firme’ e
determinado em suas convicções.
Em sentido oposto, estar
envolvido em escândalos de corrupção (60%), ficar ‘em cima do muro’ na hora de
emitir opiniões ou não ter opiniões próprias (22%), ser distante da população
(19%) e intolerante com minorias (16%) são os fatores mais pesam para o
empresário não votar em um determinado candidato.
Para o presidente da CNDL,
José Cesar da Costa, embora ainda haja muita incerteza associada às próximas
eleições presidenciais, os sinais de recuperação da atividade econômica são
animadores e podem marcar o início de um ano melhor no país.
Metodologia
A pesquisa ouviu 822 líderes
empresariais de todos os portes que atuam nos segmentos do comércio e serviços
nas 27 capitais brasileiras. A margem de erro é de no máximo 3,4 pontos
percentuais para uma margem de confiança de 95%.
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