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Líder do PSL: Câmara não tem como fugir da pauta da legítima defesa
Deputado Delegado Waldir deu entrevista para a TV Brasil
O líder do PSL na Câmara, deputado Delegado
Waldir, afirmou que o Congresso não tem mais como fugir da discussão do
"Estatuto da Legítima Defesa". O parlamentar faz referência ao
Projeto de Lei 3.722/2012, que revoga o Estatuto do Desarmamento, em vigor
desde 2003. A matéria já passou pelas comissões e está pronta para ser votada
no plenário da Câmara.
"Com certeza vamos buscar o presidente da
Casa, Rodrigo Maia. Tudo tramita nesta Casa a partir da decisão pessoal dele.
Vamos para o diálogo e queremos construir a aprovação do estatuto. Queremos
apenas que o parlamento decida. Quem for contrário se manifeste. Quem for
favorável se manifeste. Vamos dar a possibilidade de o cidadão de bem poder portar
a sua arma", afirmou o líder, em entrevista à jornalista Roseann Kennedy,
no programa Impressões, da TV
Brasil, que vai ao ar nesta terça-feira (14), às 23h.
Para o deputado, "um país onde o cidadão tem
direito a ter armas
é um país onde você terá
direito à vida".
Na avaliação do deputado, “não dá para ter compaixão com
criminoso”. "Nós temos que permitir que eu, você, possamos nos defender.
De repente sua mulher está sendo estuprada, seu filho assaltado e você tem o
direito de defender a sua vida , a da sua família e de terceiros".
O deputado Delegado Waldir disse acreditar que
outras matérias da área de segurança pública avançarão no Congresso durante o
governo de Jair Bolsonaro e ressaltou que a venda e o porte de armas
continuarão sendo submetidos a regras. "Não vamos ter armas sendo vendidas em
mercearias, botecos e bares. Tudo vai ser regulamentado, com idade mínima,
exigência de cursos preparatórios. Quando você vai tirar uma carteira de
habilitação, você tem uma série de requisitos, faz um curso pra isso. O porte
de armas é da mesma forma", comparou.
O líder do PSL também rebateu críticas da
oposição sobre a atual gestão. "Nesse primeiro trimestre tivemos redução
no número de mortos. Então, tudo aquilo que a oposição falava - que Brasil iria
virar um faroeste - está sendo engolido pelos fatos. Hoje, o bandido já está mais
temeroso de entrar em sua residência, de invadir sua propriedade rural",
disse o parlamentar que também defende que ruralistas possam usar armas para
expulsar invasores de suas propriedades.
Lugar de punição
O deputado é a favor de um esquema prisional
militarizado e diz que o atual modelo ressocializador não funciona. "Sei
que vamos gerar polêmica. Mas, cadeia é lugar de punição. Depois da punição
você pode trabalhar o estudo, o trabalho, a indenização da vítima. O nosso
país, a nossa Constituição hoje garante muitos direitos
e nós não temos punição. Aquele que erra tem de saber que terá punição e não pode ser
punição branda. Com garantias de integridade, mas sem privilégios", afirma.
O parlamentar diz que fica feliz de ser chamado
de integrante da bancada da bala. "Sempre falo: me orgulho de ser da
bancada da bala, mas eu não sou da bancada da mala", provoca, com
referência indireta a escândalos de corrupção já registrados no país.
Deputado federal mais votado em Goiás em 2014 e
2018, ele ressaltou que a bancada da segurança pública é uma das maiores da
Câmara, mas observa que a população também deve cobrar o andamento das
propostas.
Ele lembra que a PEC da redução da maioridade
penal, por exemplo, foi aprovada em dois turnos na Câmara, após ficar parada
por mais de 24 anos, e diz que agora é preciso pressionar os senadores.
O delegado diz que trabalha para aprovação de um
projeto que amplia o tempo de internação de menores infratores para até nove
anos.
A entrevista com o Delegado Waldir no programa
Impressões vai ao ar nesta terça-feira (14), às 23 horas, na TV
Brasil.
Publicado em 14/05/2019 -
10:16 Por Agência Brasil Brasília
(Agência
Brasil)
(Foto – Tv Brasil)
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