Ceará
Geral
Bomba da 2ª Guerra Mundial é encontrada próximo à Praia de Iracema.
Um mergulhador achou o artefato no mar de Fortaleza e só descobriu tratar-se de um explosivo depois de conversar com amigos da Marinha.
Um mergulhador encontrou neste domingo (30) uma bomba,
a quatro quilômetros da Praia de Iracema. A suspeita é que o artefato seja do
período da 2ª Guerra Mundial, quando o litoral cearense serviu como ponto
estratégico de apoio aos Estados Unidos.
Oscar Moreira, corretor de imóveis que pratica
regularmente mergulho de apneia, ou seja, usando somente o ar dos pulmões, não
esperava que o artefato fosse uma bomba, pensando se tratar de um objeto
antigo, como outros que ainda estão submersos no litoral de Fortaleza.
“Eu mandei fotos para amigos da Marinha, só depois
que percebi que estava correndo um grande risco”, relata Oscar. A bomba estava
enterrada a cerca de 11 metros de profundidade.
Ao descobrir que se tratava de um explosivo, Oscar
comunicou à Capitania dos Portos, em Fortaleza. Segundo o órgão, é possível que
o objeto seja uma cápsula explosiva não detonada, usada em baterias antiaéreas.
Segunda Guerra
Para o pesquisador Augusto Bastos, embora ainda
seja cedo para garantir a origem da bomba, é provável que ela tenha chegado ao
local onde foi encontrada durante o período da 2ª Guerra Mundial. Ele
cogita ainda que o equipamento pode ter caído de algum canhão de navios
mercantes ou mesmo de algum avião. “Uma investigação a partir do número de série
da munição que poderá afirmar a origem do material. O que é mais preciso é que
a peça não está detonada”, diz.
O território brasileiro não contou com confrontos
diretos da 2ª Guerra. Contudo, o apoio do Brasil aos Estados Unidos
incluiu a formação de bases armadas em pontos estratégicos do litoral,
incluindo o do Ceará.
Inclusive, o primeiro tiro brasileiro contra um
submarino alemão aconteceu no litoral cearense, conforme lembra o historiador
Henrique Braga. Segundo ele, o submarino ainda está em águas cearenses, apesar
de nunca localizado.
Os oficiais da Marinha receberam a bomba na tarde
desta quarta-feira (3), na Capitania dos Portos. O Sistema Verdes Mares esteve
no local, mas o órgão não quis se pronunciar. Ainda assim, recomenda que
materiais encontrados no fundo do mar e que não sejam identificados não devem
ser retirados do local, em função de possíveis riscos.
(Melquíades Júnior)
(Diário do Nordeste)
(Foto: Camila Lima)
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