Nacional
Sobre protestos, Toffoli diz que ministros do STF aguentam crítica.
Um dia depois de o Supremo Tribunal Federal (STF)
ser alvo de críticas em protestos de rua favoráveis ao governo de Jair
Bolsonaro, ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e à Lava
Jato, o presidente da Corte afirmou que ele e seus colegas têm “couro”
suficiente para suportar as manifestações negativas.
“Todos aqui têm couro suficiente para aguentar
qualquer tipo de crítica ou pressão”, disse Toffoli ao ser questionado sobre o
julgamento de processos que possam resultar na soltura do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, assunto recorrente nas manifestações de rua contrárias ao
Supremo.
Ele minimizou os protestos, avaliando terem ficado
dentro daquilo que é o razoável e parte da democracia. “Temos uma crítica no
sentido de não ser tão ofensiva, se amenizaram muito os ataques que havia ao
Supremo, seja nas redes sociais, seja nos movimentos de rua”, disse o
presidente do STF. "Faz parte da democracia".
O ministro negou qualquer postergação de ações
que envolvam Lula. “Os casos [sobre Lula] que vierem vão ser julgados”, disse
Toffoli. “A questão se vai ser solto ou não vai ser solto, essa não é uma
questão que está colocada na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF), essa é
uma questão que vai ser definida no caso concreto”, acrescentou.
Segunda instância
Um dos temas a serem julgados pelo Supremo e que
pode ter impacto na situação de Lula é a prisão após condenação em segunda
instância da Justiça, que pode vir a ser analisada ainda neste ano, confirmou
Toffoli.
O assunto não consta na agenda prévia do segundo
semestre, divulgada pelo Supremo, mas segundo Toffoli, “há janelas” em que o
julgamento pode ser encaixado.
“A princípio não. Por enquanto não tem, mas há
janelas colocadas. É possível, é possível”, disse ao ser indagado sobre a
probabilidade de o tema ser analisado ainda este ano.
Lula está preso desde 7 de abril do ano passado,
após ter sua condenação no caso do tríplex confirmada pelo Tribunal Regional
Federal da 4ª Região (TRF4). Após recorrer ao Superior Tribunal de Justiça
(STJ), ele teve a pena reduzida de 12 anos e um mês para oito anos e 10 meses
de reclusão.
Publicado em 01/07/2019 -
13:20 Por Felipe Pontes - Repórter da Agência
Brasil Brasília
(Agência
Brasil)
(Foto:
Arquivo/Agência Brasil)
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