Cocaína apreendida no Porto do Pecém iria para a Bélgica.


Trocas de informações entre agentes da Receita Federal e órgãos internacionais de Inteligência resultaram na maior apreensão de drogas nos portos do Ceará. Ontem, cerca de R$ 330 quilos de cocaína foram apreendidos no Porto do Pecém, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). A carga, avaliada em R$ 49 milhões, estava escondida dentro de sacolas, em contêineres com grande quantidade de mel.

Conforme o inspetor chefe e auditor fiscal da Receita Federal, Edson Nogueira Moraes, a droga entrou no Porto do Pecém na última terça-feira deste mês, dentro de um caminhão. Todo o entorpecente seria despachado, ontem, para um navio com rumo à Europa, precisamente na Bélgica. A cocaína só foi localizada no segundo escaneamento.

Nogueira conta que o conteúdo foi interceptado devido a informações concedidas pela Aduana Norte-Americana. O órgão estrangeiro repassou que havia indícios da existência do conteúdo ilícito neste contêiner. “Teve variação entre as imagens. Aparentemente, a transportadora não sabia sobre o conteúdo ilegal. O que nos parece é que foi introduzida mercadoria ilegal dentro de uma operação legal. A droga foi colocada por último”, afirmou o inspetor.

A Aduana também informou à Receita Federal sobre a possibilidade de haver mais entorpecente em um outro contêiner, este com sucata de ferro e alumínio. Ontem, por volta das 20h, as autoridades continuavam inspecionando o outro contêiner e um cão farejador estava a postos para analisar o material. De acordo com Edson Nogueira, devido à dificuldade em manusear este outro conteúdo, não havia previsão para o término.

“Está sendo feito o escaneamento com monitoramento de vídeo, registrando toda a ação. São cargas totalmente diferentes, nenhuma relação de uma com a outra. Não sabemos sobre nenhum envolvimento das exportadoras. O Porto do Pecém é de altíssima segurança. Esta é a primeira apreensão no local. Estamos sempre preocupados em dar uma resposta forte para a sociedade na parte de vigilância”, disse o inspetor chefe que acompanhou as buscas.

Investigação
 
Para a Receita Federal, ainda não há nada que comprove que algum funcionário do Porto do Pecém esteve envolvido na ação. Nogueira destaca que o local é cercado por câmeras e que todas as imagens serão analisadas. A investigação criminal é de responsabilidade da Polícia Federal, já oficialmente notificada sobre o fato.

A Receita Federal destacou que, em 2019, apreensões de grandes quantidades de drogas estão mais frequentes. Conforme o auditor, de janeiro de 2018 até agora, a Receita Federal apreendeu 60 toneladas de cocaína no Brasil. No mês passado, após encerramento do primeiro semestre, foi divulgado que o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) registrou, de janeiro a julho de 2019, alta de 56% na movimentação de contêineres, comparado a igual período do ano passado. 

Porto

O Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) informou, por nota, que a ação conjunta com Receita Federal e Polícia Federal ainda está em curso no sentido de esclarecer a procedência da droga encontrada. O Cipp reforçou que o scanner “é utilizado em 100% dos contêineres importados e exportados”. Além disso, continua a nota, “o Porto do Pecém possui câmeras de monitoramento em toda a área de alfândega”. O Complexo informou que “reforça o total compromisso com a segurança de todas as suas operações”.

 (Diário do Nordeste)
(Foto: Reprodução)
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