Ceará
Segurança
Operação do MP no Ceará prende 26 pessoas suspeitas de envolvimento com facções criminosas.
Foram cumpridos 25 mandados e realizada uma prisão em flagrante de um suspeito. Entre os alvos, 15 já estavam presos
Vinte seis pessoas foram presas no
Ceará na manhã desta quinta-feira, 15, por suspeita de terem envolvimento com
facções criminosas. Elas foram alvos de operação nacional do Ministério
Público. Ao todo, foram expedidos 35 mandados de prisão e 29 de busca e apreensão
nas cidades de Fortaleza, Independência, Sobral, Juazeiro do Norte, Groaíras,
Aquiraz, Maracanaú e Pacatuba. No
Estado, as operações "Jericó" e "Al Qaeda" ocorrem
simultaneamente, coordenadas pelo Grupo de Atuação Especial de
Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), em parceria com a Polícia Civil
(PCCE).
De acordo com o promotor de Justiça
Adriano Saraiva, o grupo criminoso tinha forte atuação dentro de unidades
prisionais do Ceará, tanto que 15 mandados tinham como alvos pessoas já
encarceradas. Outras dez ordem de prisão foram cumpridas no Estado – sete no
Interior e três na Capital. "Houve ainda uma prisão em flagrante por porte
ilegal (de arma de fogo) durante a operação", explicou o promotor. Ao
longo desta quinta-feira, os investigadores ainda devem cumprir quatro mandados
contra suspeitos já rastreados. Outras seis pessoas são consideradas foragidas.
"Sabemos que essas facções estão
espalhadas pelo Brasil. Uma ação conjunta como esta ataca, de uma só vez,
os grupos em todas essas localidades. Traz efetivamente um prejuízo a essas
organizações", ressaltou o promotor. Saraiva negou o envolvimento de servidores
públicos entre os suspeitos.
Operação Jericó
Conforme as investigações, o
suspeitos integravam um complexo esquema criminoso composto, em sua
maioria, por membros de posições de comando dentro da facção PCC e por
indivíduos a eles relacionados. Apurou-se que, entre os meses de novembro de
2018 e fevereiro de 2019, os investigados praticaram crimes como tráfico
de drogas, associação para o tráfico, comércio irregular de arma de fogo e o
planejamento de homicídios e ataques a agentes e a equipamentos públicos, tanto
na Capital quanto no Interior.
Operação Al Qaeda
A “Operação Al Qaeda” também tem
relação com a facção PCC, sendo um desdobramento da “Operação Saratoga”,
deflagrada também pelo Gaeco do MPCE em dezembro de 2017. De acordo com as
investigações, o PCC estaria aumentando sua influência aqui no Estado e
ampliando consideravelmente o número de “batismos”, com o objetivo de
consolidar o comando de todas as unidades prisionais da Região Metropolitana de
Fortaleza, e ampliar a atuação tanto dentro quanto fora dos presídios.
De acordo com o apurado, entre os
meses de maio de 2015 a julho de 2016, a facção praticou uma série de crimes,
como tráfico de drogas, homicídios, ameaças e ataques a agentes e equipamentos
públicos. O bando contava com uma vasta rede de comparsas que atuavam como
gerentes das “bocas” de tráfico, como “correrias” (pessoa que vende droga e
repassa informações) e como “laranjas”, que forneciam suas contas bancárias
para a movimentação do dinheiro escuso.
Os envolvidos também realizavam
ameaças e roubo de veículos para levantar fundos para os negócios ilícitos.
Também foram utilizados cooperados para a combinação de ataques a ônibus e a
delegacias de polícia, inclusive com a possibilidade de morte de
policiais.
Brasil
As ações realizadas nesta
quinta-feira se estendem por outros estados: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas,
Bahia, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Pernambuco. O centro das
operações é no Rio de Janeiro. Ao todo, são cumpridos mais de 300
mandados.
(O Povo - Online)
(Foto: Divulgação/MPCE)
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