Economia
Nacional
Custo da cesta básica em setembro diminuiu em 16 capitais.
Em setembro, o custo da
cesta básica foi menor em 16 cidades, de acordo com a Pesquisa Nacional da
Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em 17 capitais, divulgada nesta
sexta-feira (4). As diminuições mais expressivas ocorreram em Fortaleza
(4,63%), Curitiba (3,73%) e Brasília (3,10%). A única alta foi registrada em
Recife (1,53%).
A capital com a cesta mais
cara foi São Paulo (R$ 473,85), seguida de Porto Alegre (R$ 458,29), Rio de
Janeiro (R$ 458,21) e Florianópolis (R$ 454,94). Os menores valores médios
foram observados em Aracaju (R$ 328,70) e Salvador (R$ 345,04). Em 12 meses,
com exceção de Aracaju, que teve redução de 3,98%, todas as capitais acumularam
alta, que oscilaram entre 3,44%, em Campo Grande, e 10,51%, em Goiânia.
De janeiro a setembro deste
ano, nove municípios pesquisados acumularam retração, com destaque para Aracaju
(-8,38%), Campo Grande (-6,12%) e Belo Horizonte (-4,35%). Outras oito cidades
tiveram taxa positiva. A mais alta foi verificada em Recife (7,81%).
Com base na cesta mais cara
que, em setembro, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação
constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para
suprir as despesas de um trabalhador e de sua família com alimentação, moradia,
saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dissese
estima que setembro o salário mínimo necessário para a manutenção de uma
família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.980,82, ou 3,99 vezes o
mínimo de R$ 998,00. Em agosto de 2019, o piso mínimo necessário correspondeu a
R$ 4.044,58, ou 4,05 vezes o mínimo vigente. Já em setembro de 2018, o valor necessário
foi de R$ 3.658,39, ou 3,83 vezes o salário mínimo, que era de R$ 954,00.
Custo dos produtos
No período de agosto para
setembro foi observada tendência de queda nos preços do tomate, da batata,
pesquisada na Região Centro-Sul, e do feijão e do café em pó. Já as cotações do
óleo de soja e da banana aumentaram na maior parte das cidades.
O preço médio do tomate
diminuiu em 16 capitais. As quedas variaram entre menos 37,26%, em Brasília, e
menos 5,36%, em Natal. Em Recife, houve alta de 5,70%. Em 12 meses, quase todas
as capitais apresentaram taxas positivas, que variaram entre 5,91%, em
Florianópolis, e 51,88%, em Recife. As diminuições ocorreram em Goiânia
(-19,68%) e Brasília (-9,22%). O calor fez com que os tomates maturassem mais
cedo, o que elevou a oferta e diminuiu o preço no varejo.
A batata, pesquisada na
Região Centro-Sul, teve o preço médio reduzido em 10 cidades, com taxas que
oscilaram entre menos 24,95%, em Brasília, e menos 7,12%, em São Paulo. Em 12
meses, no entanto, as variações foram positivas e muito altas, principalmente
em Porto Alegre (110,55%), Belo Horizonte (105,00%) e Curitiba (104,65%).
Apesar da baixa qualidade de parte das batatas ofertadas, a safra de inverno
abasteceu o mercado e diminuiu o preço no varejo.
Em setembro, o preço médio
do feijão diminuiu em 15 cidades. O tipo carioquinha, pesquisado no Norte,
Nordeste, Centro-Oeste, em Belo Horizonte e São Paulo, apresentou queda em
quase todas as cidades, com variações entre -11,78%, em Campo Grande, e -1,75%,
em Brasília. Em Recife, o preço não se alterou. Já o feijão preto, coletado nas
capitais do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro, aumentou nesta última cidade
(0,95%) e teve queda nos outros municípios: Curitiba (-7,62%), Vitória
(-4,64%), Florianópolis (-4,29%) e Porto Alegre (-1,90%).
Em 12 meses, o preço médio
do grão carioquinha acumulou alta em todas as capitais, com taxas que variaram
entre 31,32%, em São Paulo, e 56,96%, em Goiânia. As variações acumuladas do
tipo preto também foram positivas, mas em patamares menores: entre 5,12%, em
Vitória, e 20,39%, em Florianópolis. A oferta do grão carioca esteve
normalizada na maior parte do mês. O bom nível do tipo preto ofertado deveu-se
à importação do grão.
Houve redução também no
preço médio do quilo do café em pó em 13 cidades. As quedas oscilaram entre
-7,02%, em Curitiba, e -0,09%, no Rio de Janeiro. Já as altas foram registradas
em Goiânia (4,47%), Brasília (2,71%), Florianópolis (1,33%) e São Paulo
(0,99%). Em 12 meses, o valor subiu apenas em Goiânia (7,87%) e diminuiu nas
demais cidades, com destaque para Aracaju (-16,53%) e Campo Grande (-15,91%).
A queda nos preços do café
no varejo é resultante do início da safra, que aumenta a oferta do grão; da
retração dos produtores à espera de melhores preços; das incertezas em relação
ao clima, que pode afetar as floradas; das oscilações do preço internacional e
do dólar.
O preço médio da lata de
óleo de soja apresentou alta em todas as capitais, entre agosto e setembro. As
taxas oscilaram entre 0,25%, em Recife, e 8,01%, em Vitória. Em 12 meses, o
produto teve alta em 13 capitais, com destaque para Goiânia (26,04%) e Curitiba
(9,07%). Em Campo Grande e Salvador, não houve variação. Em outras duas
cidades, foram observadas reduções: Brasília (-1,81%) e Rio de Janeiro (-0,27%).
Houve elevação da demanda do óleo de soja para produção de biodiesel e, com a
diminuição da oferta, aumentou o preço no varejo.
O valor médio da banana
subiu em 15 capitais. A pesquisa coleta os tipos prata e nanica e faz uma média
ponderada dos preços. As altas oscilaram entre 1,42%, no Rio de Janeiro, e
20,66%, em Curitiba. As reduções foram anotadas em Fortaleza (-5,86%) e Vitória
(-2,38%). Em 12 meses, o preço da fruta subiu em 16 cidades, com destaque para
Belo Horizonte (64,71%), Vitória (48,61%) e Porto Alegre (36,97%). A única taxa
negativa acumulada foi registrada em Aracaju (-9,98%). A baixa oferta da banana
prata e da nanica explicou o comportamento altista no varejo.
(Agência Brasil)
(Foto: Tânia
Rêgo/Agência Brasil)
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