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Nacional
Projeto no Senado cria o Programa de Incentivo à Fonte Solar Fotovoltaica.
O senador Rodrigo Pacheco
(DEM/MG) assumiu a relatoria de um projeto de lei que pretende criar o Programa
de Incentivo à Fonte Solar Fotovoltaica (PISF), com o objetivo de garantir no
mínimo 20% de energia solar fotovoltaica nos leilões de energia nova realizados
pela Aneel.
A proposta, que está sendo
discutida na Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado e foi
protocolada pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania/SE), prevê que o programa
vigore por 10 anos ou até que a geração solar fotovoltaica corresponda a, no
mínimo, 7% da capacidade de geração no país.
Atualmente, o país tem 2,3
GW de capacidade instalada para geração de energia solar fotovoltaica, que de
acordo com dados da Aneel representam 1,36% da capacidade instalada total do
país, que é de 167 GW. São ao todo 3.052 usinas instaladas sobretudo na região
Nordeste.
O país já ultrapassou a
marca de 1 GW em geração de potência instalada em micro e minigeração
distribuída de energia elétrica, sendo 82,6 mil micro e miniusinas e cerca de
870 megawatts (MW) de potência instalada em solar fotovoltaica.
O projeto vem no momento em
que a Aneel está discutindo a revisão das regras para a geração distribuída no
país. Pelas regras atuais, a energia excedente gerada em uma unidade
consumidora com micro ou minigeração pode ser injetada na rede da distribuidora
e depois utilizada para abater integralmente o mesmo montante de energia
consumida.
A Aneel entende atualmente
que manter a regra indefinidamente pode levar a custos elevados para os demais
usuários da rede, que não instalarem sistemas de geração própria. A questão é
que a energia injetada na rede pelo micro ou minigerador acaba sendo valorada
pela tarifa de energia elétrica estabelecida para os consumidores.
A Absolar, associação que
representa o setor fotovoltaico, vem defendendo que as regras atuais sejam
mantidas para quem já realizou o investimento e que mudanças na geração
distribuída contem com um período de transição, para não interromper o atual
ciclo de investimentos.
Petroleiras de olho
no mercado
O mercado solar fotovoltaico no Brasil tem atraído investimentos também das produtoras de petróleo e gás, que começam a migrar seus investimentos para renováveis. A Shell busca consumidores livres para o desenvolvimento de projetos de energia fotovoltaica no Brasil.
O mercado solar fotovoltaico no Brasil tem atraído investimentos também das produtoras de petróleo e gás, que começam a migrar seus investimentos para renováveis. A Shell busca consumidores livres para o desenvolvimento de projetos de energia fotovoltaica no Brasil.
“Aqui no Brasil a gente está
bem focado no segmento de energia solar, até pelo fato da eólica já ter sido
bem desenvolvido. O segmento de energia solar está mais iniciante em termos de
entrada de novos players”, comenta a gerente da Shell.
A Equinor está operando a
usina solar fotovoltaica Apodi, de 162 MW, instalada no município de Quixeré,
no Ceará. O projeto é uma parceria entre as norueguesas Equinor e Scatec Solar
e a brasileira Kroma Energia.
O projeto, que é o primeiro
investimento em energia solar da Equinor no mundo, vai fornecer energia para
cerca de 160 mil residências. As empresas também acordaram uma cooperação
exclusiva para desenvolver, em conjunto, futuros projetos de energia solar no
Brasil.
Equinor também fechou com a
Martifer Renewables acordo para adquirir 50% do
usina solar Guanizul 2A (G2A), na Argentina. A também
norueguesa Scatec Solar adquiriu os 50% restantes do projeto, que tem
capacidade para abastecer 80 mil residências no país vizinho. O projeto tem
investimento estimado em US$ 95 milhões
Em julho do ano passado, a Petrobras
assinou memorando de entendimento com a Total e a Total Eren para
estudar projetos em conjunto nos segmentos de energia solar e energia eólica
onshore no Brasil. O acordo faz parte da estratégia das empresas de desenvolver
negócios em energia renovável, visando a transição para uma matriz de baixo
carbono.
A Total Eren – parceria
entre as francesas Total e Eren – fechou a aquisição de 100%
das usinas solares fotovoltaicas Dracena I, Dracena II e Dracena IV,
todas operadas pela Cobra do Brasil e para serem instaladas na cidade de
Dracena, no interior do estado de São Paulo. Cada usina tem capacidade
instalada prevista para 30 MW.
Em julho deste ano, a
Lightsource BP, braço da petroleira BP para o desenvolvimentos de projetos
solares no país, anunciou, a aquisição
da Enerlife, empresa desenvolvedora de projetos na América Latina que
possui 1,9 gigawatts de projetos solares em desenvolvimento, incluindo 440MW de
projetos de grande escala aptos a participar em leilão e 180MW de projetos de
geração distribuída, localizados em cinco estados brasileiros.
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(EPBR)
(Foto: Reprodução)
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