Nacional
Saúde
Análise em laboratório encontra até 45 mil bactérias e 9,7 mil fungos em latinha de bebida.
As bebidas
estavam em geladeiras e prateleiras de supermercados, padarias, postos de
combustíveis e bares. Do total, 29 latinhas apresentaram micro-organismos na
tampa, onde ocorre o contato com a boca, segundo a análise da doutora em
ciências de alimentos Rosana Siqueira.
O material
retirado das tampas com cotonetes foi colocado em estufa durante alguns dias.
Dentre os micro-organismos encontrados, a pesquisadora dá destaque para os
coliformes fecais, o que indica a presença de fezes nas latas.
“Diarreia, pode ter vômitos, febre, dores abdominais.
Problemas como conjuntivite, otite ou até mesmo infecção urinária”, lista a
doutora como possíveis resultados do contato humano com os micro-organismos.
Em época de carnaval, muitos foliões optam por comprar as
bebidas diretamente nos blocos ou nos comércios por onde a folia passa. Segundo
Siqueira, o uso de papel para limpar a tampa das latas até ajuda, mas não é
suficiente para remover toda a sujeira.
Ela também alerta para o uso de copos. “O copo, se você não
limpou a latinha, não adianta, você vai consumir, ingerir os micro-organismos
da mesma maneira”.
Para consumir água, a melhor alternativa é comprar de
garrafas. No caso dos copinhos com alumínio, o ideal é evitar o contato direto
com a boca. A pesquisadora também não recomenda compartilhar latinhas com os
amigos.
“As bactérias da sua boca já vão ficar ali naquela latinha.
Se você pega de uma pessoa, aquelas bactérias também vão entrar em contato com
a sua boca”, afirma.
Fonte: Portal G1
A Abralatas, Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas
de Alumínio, procurou o Acontece Botucatu para se posicionar sobre o assunto,
confira na íntegra a nota:
Nota de esclarecimento
Em relação a matéria publicada nesta terça-feira (18/02)
no Portal Acontece Botucatu, intitulada “Análise em laboratório encontra 45 mil
bactérias e 9,7 mil fungos em latinha de bebida”, a Associação Brasileira dos
Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas), informa que não são conhecidos
quaisquer registros oficiais, no Brasil ou no exterior, de incidentes ou mesmo
de simples contaminação de pessoas atribuídos a latas para bebidas.
Corroborando a posição da Abralatas, Parecer Técnico da
ANVISA sobre bebidas embaladas em latas de alumínio ou outro metal afirma que
“não existem estudos científicos que comprovem a ocorrência de doenças
transmitidas por meio de embalagens de refrigerantes ou cervejas”.
Estudos do
Centro de Tecnologia em Embalagem (CETEA) do Instituto de Tecnologia de
Alimentos (ITAL), do Governo do Estado de São Paulo, demonstraram que a lata
apresenta boas condições higiênico-sanitárias, absolutamente condizentes com as
mais rigorosas exigências dos órgãos de fiscalização.
A lata de
alumínio é a embalagem mais reciclada do mundo. No Brasil, 97,3% das latas de
alumínio para bebidas vendidas são recicladas, poupando recursos naturais e
gerando renda para cerca de 1 milhão de pessoas.
No período
do carnaval, quando esse consumo das latinhas aumenta, inclusive por
praticidade e questão de segurança, é de fundamental importância que os
estabelecimentos comerciais armazenem e cuidem dos produtos de forma adequada,
garantindo ao consumidor final a mesma qualidade das mercadorias.
(Acontece
Botucatu)
(Foto:
Reprodução)
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