Economia
Nacional
Brasil perde mais de 860 mil empregos formais em abril.
De janeiro a abril foram 4.999.981 admissões e 5.763.213 demissões.
As demissões superaram as contratações com carteira assinada em 860.503
postos de trabalho, em abril. Foram 1.459.099 desligamentos e 598.596
contratações. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)
foram divulgados nesta quarta-feira (27).
Segundo o Ministério da Economia, os dados mostram que a queda no número
de contratações contribuiu de forma expressiva para o saldo negativo de
empregos formais.
Enquanto as demissões tiveram um incremento de 17,2%, as admissões caíram
56,5% na comparação com abril de 2019. Em valores nominais, São Paulo teve o
pior desempenho, com saldo negativo (mais demissões do que contratações) de
260.902. O estado é seguido por Minas Gerais com 88.298 demissões; Rio de
Janeiro, 83.626, e Rio Grande do Sul, 74.686 demissões.
De janeiro a abril de 2020 foram 4.999.981 admissões e 5.763.213
demissões no país, com resultado negativo de 763.232. As admissões caíram 9,6%
e as demissões subiram 10,5% no período.
O salário médio real de admissão no Brasil passou de R$1.496,92 em abril
de 2019 para R$ 1.814,62 no mês passado.
Manutenção de empregos
Desde 1º de abril, data da edição pelo governo federal da Medida
Provisória 936/2020, que criou o Programa Emergencial de Preservação do Emprego
e da Renda, foram preservados mais de 8,1 milhões de empregos no país, informou
o Ministério da Economia. O programa prevê que os trabalhadores que tiverem
jornada reduzida ou contrato suspenso e ainda auxílio emergencial para
trabalhadores intermitentes com contrato de trabalho formalizado receberão o
Benefício Emergencial de Preservação da Renda e do Emprego (BEm).
Mudanças
É a primeira divulgação do Caged após o preenchimento de informações da
base de dados passar para o Sistema de Escrituração Fiscal Digital das
Obrigações Fiscais Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial). Com a mudança, o cumprimento
de 13 obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas fica centralizado em
um só sistema.
Uma inovação do Caged é o agrupamento de setores da economia. Até
dezembro passado, eram oito: comércio, serviços industriais de utilidade
Pública (SIUP), extrativa mineral, administração pública, agropecuária,
construção civil, indústria de transformação e serviços.
Com a reformulação do Caged, os dados estarão na mesma divisão feita pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São eles: comércio,
serviços, indústria geral, construção civil e agricultura. No intervalo de
janeiro a abril de 2020, a agricultura teve saldo positivo de 10.032 empregos,
resultado de 275.464 contratações e 265.432 demissões. O resultado da
construção civil ficou negativo em 21.837. Comércio teve saldo negativo de
342.748, serviços resultado negativo de 280.716 e indústria também negativo, em
127.886.
Trabalho intermitente
A modalidade de trabalho intermitente teve, no período de janeiro a
abril, 49.228 admissões e 35.105 demissões em 2020, o que resultou em saldo
positivo 14.123. Já o regime de trabalho parcial registrou 71.044 contratações
e 63.334 desligamentos, com resultado de positivo de 7.710 postos de trabalho
com carteira assinada.
Somente no mês de abril, o trabalho intermitente chegou ao saldo negativo
de 2.375, com 7.291 admissões e 9.666 demissões. No mesmo período, houve 4.881
contratações e 14.029 desligamentos na modalidade de trabalho parcial, com
saldo negativo de 9.148.
Calendário
Após a primeira divulgação do Novo Caged, o ministério definiu um
calendário para os próximos dados do emprego formal no país: as informações de
maio serão divulgadas no dia 29 de junho; em julho serão divulgados os dados de
junho e assim por diante.
(O
Povo- Online)
(Foto: Marcelo Andrade / Arquivo / Gazeta do Povo.)
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