Ceará
Educação
Após decreto, aulas presenciais devem voltar apenas em 1º de agosto.
Instituições privadas de ensino no Estado chegaram a prever retorno parcial às atividades ainda neste mês. Por considerar alto o potencial de contaminação, Prefeitura de Fortaleza suspendeu aulas até o fim de julho.
Diante do
adiamento da realização de aulas presenciais até o fim de julho,
decretado pela Prefeitura de Fortaleza, e inclusão delas nas últimas fases do
plano de retomada das atividades do Estado, as escolas particulares do Ceará
precisaram rever seus planos. De acordo com o Sindicato dos Estabelecimentos
Particulares de Ensino do Ceará (Sinepe-CE), a volta gradual é prevista a
partir de 1º de agosto.
A data é
citada pela presidente da entidade, Andréa Nogueira. Ela ressalta que as
escolas da iniciativa privada já estão preparadas para a retomada em etapas,
tendo em vista que a proposta anterior do sindicato era regressar com parte das
aulas presenciais já a partir do próximo dia 17 de junho, no caso das séries
do ensino infantil, 1º, 2º e 3º ano do Ensino Fundamental e 3º ano do Ensino
Médio.
À época,
o Sindicato argumentava que os pais retomariam ao trabalho fora de casa e não
teriam com quem deixar as crianças menores. “O setor de escolas da iniciativa
privada está preparado para o retorno gradual das aulas com esse grupo já
planejado. O restante das séries do ensino fundamental I e II continuariam com
as aulas online”, detalha Nogueira. Ela ainda ressalta que o plano de retorno
das escolas, no qual estarão os protocolos a serem seguidos, está sendo
finalizado.
Contrapartida
Após a
divulgação da intenção das escolas particulares retornarem no dia 17 de junho,
o governador Camilo Santana negou o retorno e ressaltou que a atividade está
somente na quarta fase do plano de reabertura da economia, que pode ter início
no dia 20 de julho, caso os índices de saúde relacionados à pandemia do novo
coronavírus não piorem e atrasem o cronograma pré-definido pelo Governo do
Estado.
Na última
sexta-feira (05), também foi publicado decreto municipal que suspende as aulas
presenciais de instituições públicas e privadas em Fortaleza até 31 de julho. A
decisão recomenda o ensino a distância, quando possível.
Nogueira acredita que Estado e Município irão alinhar a data para o retorno linear das atividades. “Acredito que vá ter um acordo com Estado e Município em relação a essa data, mantendo-os alinhados. E essa diferença de 10-11 dias, para a gente, não faz muita diferença”, afirma a presidente.
Nogueira acredita que Estado e Município irão alinhar a data para o retorno linear das atividades. “Acredito que vá ter um acordo com Estado e Município em relação a essa data, mantendo-os alinhados. E essa diferença de 10-11 dias, para a gente, não faz muita diferença”, afirma a presidente.
Prejuízos
Segundo
dados do Sinepe-CE, as escolas particulares do Estado já registram perda de
cerca de 14% das matrículas, impactando principalmente a educação Infantil e
Ensino Fundamental I. As instituições também observam expressivo aumento da
inadimplência, que passou da média de 13% antes da crise, para 48% em abril.
Com a
suspensão do desconto linear de 30% nas mensalidades no último dia 4 de junho,
passa a vigorar, por meio de lei estadual, abatimento escalonado que varia de
5% a 30% do preço da mensalidade antes da pandemia, conforme o nível de ensino
e o porte das instituições de educação.
(Diário do Nordeste)
(Foto: Camila Lima)
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