Bombeiros resgatam duas jiboias.
Bombeiros do
Salvamento 2 resgatam duas jiboias, em Fortaleza
Introdução
Bombeiros
resgatam duas jiboias. Na Área Integrada de Segurança 7 (AIS 7).
Primeiramente,
o quartel do Cambeba (2ªCia/BBS), por
volta das 11 horas da manhã deste domingo (31) foi acionado pela Coordenadoria
Integrada de Operações de Segurança (CIOPS). Imediatamente a guarnição de busca
e salvamento 2 se deslocou até a Rua Ciro Monteiro, no Bairro: Cambeba, em
Fortaleza/CE.
No
local
Logo
depois a guarnição chegou no local, onde os bombeiros resgataram duas cobras
tipo jiboia-constritora. As cobras foram resgatadas, usando um bastão retrátil
para captura de réptil.
De acordo
com o Subtenente Alan Kardec Batista Mourão Dias, “as duas cobras se
encontravam no quintal da residência, foram resgatadas e conduzidas ao seu
habitat natural, contudo, não houve vítima e os dois animais não
apresentavam ferimentos aparente”, relatou o comandante do socorro.
Estas
jiboias tem entorno de 2 metros de comprimento.
Guarnição
Em
síntese, os Bombeiros resgatam duas jiboias, sendo a guarnição composta pelo
Subtenente Mourão, Soldado Leoniza, Soldado Bruna e Soldado Alencar, na viatura
de Auto Salvamento 43 (AS 43).
Sobre a Jiboia-constritora
A
jiboia-constritora, ou simplesmente jiboia, é uma espécie grande e não
peçonhenta. A jiboia é membro da família Boidae, sendo natural das regiões tropicais da América
do Norte, Central e do Sul, assim como de algumas ilhas do Caribe. Seu nome
cientifico é boa constrictor. No
caso da fêmea, quando adulta, pode chegar a 10-15kg e chegar ao comprimento
entre 2,1a 3m, já o macho entre 1,8 e 2,4 m.
Diferenças entre Animais Peçonhentos
e Venenosos
Os
animais peçonhentos e venenosos possuem em comum o fato de produzir veneno. O
que os diferencia é a presença de uma estrutura para inocular (injetar,
transmitir) essa substância. Os animais peçonhentos possuem um aparelho
para inocular o veneno. As glândulas de veneno ou peçonha desses animais
ligam-se com dentes ocos, ferrões ou aguilhões.
São
exemplos de animais peçonhentos as serpentes, aranhas, escorpiões, vespas,
abelhas, marimbondos e formigas. Entre as serpentes peçonhentas encontradas no
Brasil estão: a cascavel, as jararacas, a surucucu e a coral-verdadeira. Em
serpentes, as glândulas de veneno ligam-se aos dentes ocos (presas) usados para
inocular o veneno.
Os animais
venenosos produzem veneno. Porém, não possuem estruturas
para inoculação. Um exemplo de animal venenoso é o sapo. Algumas espécies
são venenosas, mas o veneno só é liberado quando a glândula que o produz é
pressionada. No Brasil, os principais animais peçonhentos que causam acidentes
são as serpentes, escorpiões e aranhas.
Incidência de cobras
No
Brasil, é registrada uma média de 30 mil acidentes ofídicos por ano, sendo a
incidência de picadas de cobras peçonhentas maior nessa época do ano, março a
agosto. Nessa época do ano, as cobras procriam mais. Isso porque os animais
armazenam sêmen e só o liberam quando há possibilidade de o filhote ter comida.
O alimento, no caso, é o rato, que se multiplica com o maior acúmulo de lixo.
Conforme
explica o Tenente-Coronel Albert Arruda, o perigo aumenta na zona rural, “na
roça, muitas pessoas não usam bota, luva e, quando limpam o terreno ou pegam em
madeira não olham direito o local, nas cidades é cada vez mais comum encontrar
cobra em motor de carro”, comentou o Comandante do Batalhão de Busca e
Salvamento (BBS).
O
Comandante informa que, no Ceará, a maioria das vítimas são homens de seis a 70
anos na zona rural. Ainda de acordo com o major Melo, as ocorrências se dão
mais entre 4 e 7 horas da manhã e entre 17 horas e 18h30min, em locais úmidos,
de vegetação rasteira e perto de rios, mangues, lagoas e terrenos baldios,
normalmente em locais escuros e fechados.
Maior
incidência de cobras no Ceará
De acordo
com o Tenente-Coronel, “a serpente peçonhenta mais comum no Estado é a
Jararaca. Já a Cascavel aparece mais em regiões secas, áridas e com muitas
pedras, como em Quixadá. A Coral é mais urbana, fica onde há muito lixo, mas
prefere local subterrâneo. Em Fortaleza, as cobras aparecem mais na periferia,
em especial perto de lagoas e rios. Perto do mar não, mas o Bairro Pirambu foge
à regra devido ao lixo”, relata o comandante.
De um
modo geral, “as cobras se alimentam à noite. Por conta disso, quando picam uma
pessoa durante o dia, a quantidade de veneno é menor porque este já foi
depositado em outros animais. Em compensação, em quem é picado à noite
normalmente a ação do veneno é total”, como explica o Tenente-Coronel.
Para
sua maior segurança, o CBMCE sugere:
Ação preventiva
Normalmente,
as cobras só atacam um ser humano quando se sente ameaçada. Por isso, ao
avistar uma cobra, não pense duas vezes, desvie do caminho dela, a deixando
seguir o caminho dela e você o seu.
Além
disso, vale também seguir as dicas abaixo:
–
Utilizar equipamento de segurança individual (EPI), como, bota cano longo,
luvas de punho alongado e óculos de proteção;
– Usar um
bastão ou vara longa para manipular objetos ou mato, lixo que possam conter
algo escondido por baixo, de modo a manter-se distante em caso de um ataque de
cobras;
– Manter
seu quintal ou terreno limpo e não acumular lixo ou resto de materiais de
construção ou quaisquer outros tipos;
– Calçar
sapatos fechados e calças compridas. Se estiver em um local que é conhecido por
ter cobras use botas de cano alto ou perneiras para proteger a parte de baixo
das pernas;
–
Observar com muita atenção onde coloca as mãos, quando for se apoiar para pegar
impulso ou até mesmo na hora do descanso;
Em caso de acampamento
Sempre
verificar seus sapatos fora da barraca, antes de calçá-lo, certifique-se de que
não tem alguma intrusa se abrigando dentro dele. Cobras gostam de se abrigar em
locais quentes, escuros e úmidos, exatamente como sua bota ficará após uma
caminhada;
Sempre
procure limpar o local onde irá montar a sua barraca, tirando gravetos, folhas
mortas, cascas de árvores. As cobras e outros animais peçonhentos costumam
ficar escondidos nesses locais durante o dia para à noite sair para explorar.
Sempre faça essa limpeza com cuidado, pode ter uma cobra escondida embaixo de
pedras e troncos.
O que fazer em caso de picada de
cobra
O mais
importante depois de uma picada de cobra é manter o membro que foi picado o
mais parado possível, porque quanto mais se movimentar mais o veneno poderá se
espalhar pelo corpo e chegar em vários órgãos vitais. Isso se aplica também a
qualquer atividade que possa acelerar o batimento cardíaco, já que o aumento da
circulação do sangue também espalha o sangue.
Assim, o
ideal é que a vítima não caminhe e seja transportada por maca até ao hospital.
Outra opção é ligar para a ajuda por meio de um atendimento pré-hospitalar,
pelo número 193.
Até
chegar ao hospital ou até a chegada da ajuda, o que se deve fazer para melhorar
as chances de salvamento são:
– Lavar o
local com água e sabão, para limpar a ferida e impedir a entrada de mais veneno
ou micro-organismos;
– Manter
o paciente deitado e o mais calmo possível, porque agitado o sangue se espalha
rápido e o veneno também;
– Manter
o paciente hidratado, dando pequenos goles de água a ele;
–
Procurar o serviço médico o mais breve possível, e, somente médicos podem
prescrever um medicamento a uma vítima de quaisquer acidente.
Alerta!
A maior
parte das cobras no Brasil não têm veneno e, por isso, a picada não é perigosa
para a saúde, no entanto, em qualquer caso é sempre importante ir ao hospital
para informar as características da cobra e confirmar e identificar se
realmente era venenosa ou não. Do mesmo modo, caso tenha sido um picada por
cobra venenosa, geralmente é administrado o antídoto para o veneno, de forma a
que as lesões parem de acontecer.
Igualmente,
se não for possível transportar a cobra para o hospital, é aconselhado tomar
nota das principais características, como cor, padrão, formato da cabeça e
tamanho, ou tirar uma fotografia e/ou filmar.
Sempre
considerar, no caso de ser atacado, que a cobra seja peçonhenta, e seguir o
protocolo para tal situação.
O que não fazer após a picada
Existem
várias crenças populares sobre o que fazer após uma picada de cobra, no
entanto, é totalmente desaconselhado:
Tentar
sugar o veneno para fora da picada;
Fazer um
torniquete ou garrote apertado;
Cortar o
local da picada;
Dar
bebida alcoólica a vítima;
Dar
qualquer medicamento à vítima.
Além
disso, também não se deve aplicar qualquer tipo de mistura caseiras sobre a
picada, pois além de não existir comprovação científica, pode acabar causando
uma infecção do local.
Como saber se a cobra é venenosa ou
não
Embora
não seja um método completamente eficaz, existem algumas características que
podem ajudar a distinguir uma cobra venenosa de outra não venenosa, ou não
peçonhenta. Algumas dessas características incluem:
Cobra venenosa
Cabeça
triangular e achatada;
Dentes
longos na parte da frente da boca;
Olhos com
fenda, semelhante ao olho de gato fechado;
Cauda que
afina rapidamente;
Tenta
atacar quando perseguida.
Cobra não venenosa
Cabeça
estreita e alongada
Sem
dentes alongados na parte de trás da boca
Olhos com
pupila circular
Cauda que
afina gradualmente com o corpo
Foge
quando perseguida
Sintomas de uma picada de cobra
venenosa
Em
síntese, no caso de uma picada de cobra venenosa, com injeção de veneno, é
comum que, após a dor que surge no local devido à picada, possam aparecer
outros sintomas como:
Dor que
piora ao longo do tempo;
Inchaço
que vai aumentando e afetando mais áreas ao redor da picada;
Ínguas
dolorosas em locais próximos da picada. Por exemplo, no braço é possível que
surja inchaço das ínguas da axila, já na perna podem inflamar as da virilha;
Bolhas na
pele;
Náuseas e
vômitos;
Tonturas,
sensação de mal-estar geral e desmaio.
No
entanto, estes sintomas podem variar de acordo com a espécie de cobra, sendo
que até existem algumas cobras venenosas em que a mordida não causa qualquer
sintoma. Por fim, é sempre importante ir ao hospital, mesmo que se suspeite de
que a cobra não é realmente venenosa.
(CBMCE)
(Foto: Reprodução)
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