Cigarro eletrônico: médica fala sobre os riscos do dispositivo para a saúde.
Pneumologista do Hospital de Messejana,
em Fortaleza, destaca pontos sobre os riscos envolvendo o uso do dispositivo,
que está proibido em estabelecimentos públicos e privados do Ceará.
O cigarro eletrônico, incluindo vaporizadores, vape, e-cigarro,
e-cig, e-cigarette ou "qualquer outro dispositivo eletrônico para
fumar", estão proibidos em estabelecimentos públicos e privados do Ceará. A Lei i nº 17.760 sancionada pelo governador
Camilo Santana e que vigora desde o último dia 12, gerou
polêmicas entre os usuários e não usuários dos Dispositivos Eletrônicos para
Fumar (DEFs).
Os defensores do uso do cigarro eletrônico justificam que a decisão é
desnecessária, uma vez que os efeitos das substâncias encontradas na composição
do produto não são as mesmas do cigarro tradicional. Quem se coloca à favor da
norma acredita que independente de qual seja a substância, fumar não é um
hábito saudável.
Muito utilizado entre jovens, ainda existem muitas dúvidas sobre os danos
que o cigarro eletrônico pode causar no organismo. No entanto, segundo
especialistas de combate ao tabagismo, há um consenso sobre os DEFs, como
explica Penha Uchoa, pneumologista e coordenadora do Programa de Controle do
Tabagismo do Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (HM).
“As pesquisas já mostraram que foram encontradas além do glicerol,
nicotina, álcool, formaldeído e acetaldeído, substâncias conhecidas como
cancerígenas. Então os riscos potenciais para danos no organismo, eles
existem”, disse Uchôa.
Em vídeo divulgado pelo Governo do Estado, a médica, com mais de 20 anos
de trabalho no auxílio de pessoas que querem largar o vício do tabagismo, falou
dos riscos do uso de DEFs. Destacamos os principais trechos citados por ela:
-Os dispositivos possuem substâncias tóxicas, além da nicotina, que podem
causar doenças respiratórias
-Em 2019, nos EUA, síndrome gripal que evoluiu para insuficiência
respiratória grave estava ligada ao uso dos cigarros eletrônicos
-Há uma crença, entre os mais jovens, de que os dispositivos são menos
perigosos do que os cigarros tradicionais
-O fato de os cigarros eletrônicos possibilitarem muitas mudanças
rápidas em modelos, cores, sabores e odores cada vez mais agradáveis atraem
mais consumidores. "Tornando os elementos tradicionais palatáveis, isso
reduz muito aquela sensação, aquele gosto ruim da experimentação do primeiro
cigarro"
-O indivíduo que usa o cigarro convencional e que tenta parar
utilizando DEFs, não consegue parar de fumar. Assim, ele se torna um fumante
dual, ou seja, um fumante tanto do cigarro eletrônico como do cigarro
convencional
-Como muitas pessoas consomem o cigarro em espaços fechados e
compartilham o dispositivo, pode haver maior transmissibilidade do
coronavírus
(O Povo- Online)
(Foto: Reprodução)
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