Pós-Estação, mesmo após a quadra chuvosa as precipitações ainda podem ocorrer
O principal período de chuvas no Ceará
concentra-se entre os meses de fevereiro e maio, quando costumam ocorrer 75%
das precipitações do Estado. Porém, mesmo que reduzidos, mais acumulados são
esperados até julho, quando acontece a Pós-Estação. Nestes dois meses, a média
histórica é de 52,9 milímetros.
Nestes dois primeiros dias de junho, a
Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) registrou, de
forma consecutiva, precipitações em mais de 100 municípios.
“Então, não é porque terminou a estação
chuvosa, que também encerraram as precipitações aqui no estado. Julho e julho
continuam a ocorrer precipitações. Claro e não associados a zona de
convergência intertropical, mas há outros tipos de eventos. Por exemplo,
formação de áreas de instabilidade, principalmente sobre o oceano. Elas se
deslocam, se aproximam da nossa costa, levando a formação das nuvens de chuva e
aí a ocorrência de precipitações às vezes até bastante intensas, como a gente
tem observado”, explica a gerente de Meteorologia da Meiry Sakamoto.
Esse período do ano também é o início da
estação chuvosa dos estados do setor leste da região Nordeste, o que ocasionam
as chuvas naquele setor são as Ondas de Leste.
“Essas precipitações intensas que têm sido
observadas em Pernambuco, também no estado de Alagoas, têm sido ocasionados por
essas ondas”, comenta Sakamoto.
No caso do Ceará, assim como têm sido
observado neste início de mês, as precipitações também têm influência das
Ondas, ainda que de forma mais amena.
“Às vezes, dependendo da força da intensidade
que esses sistemas se deslocam, podem até trazer alguma precipitação para o
Estado, um pouco mais de chuva talvez ali pra região do Cariri e também pra
região Jaguaribana e pra própria faixa litorânea”, finaliza a pesquisadora da
Funceme.
(Funceme)
(Foto: Marciel Bezerra)
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