Primeira remessa de vacinas contra varíola dos macacos deve chegar ao Brasil em setembro
Com o conceito Varíola dos Macacos:
Fique Bem com a Informação Certa, o Ministério da Saúde lançou, nesta
segunda-feira (22), em Brasília, a Campanha Nacional de Prevenção à
doença. A ideia é conscientizar a população sobre a transmissão, contágio,
sintomas e prevenção, além de dar orientações sobre o que fazer em casos
suspeitos de varíola dos macacos.
Números
Em todo o mundo, foram registrados
mais de 41,5 mil casos da doença. No Brasil, conforme a última atualização do
Ministério da Saúde, de 21 de agosto, há 3.788 casos confirmados. A campanha
adverte que a principal forma de prevenção é evitar contato com pessoas
infectadas ou objetos contaminados como, por exemplo, copos, talheres, lençóis
e toalhas.
Outro ponto destacado pelas
autoridades de saúde é que a fase de incubação do vírus pode ser de cinco a 21
dias. Nesse período é possível haver transmissão. Entre os casos registrados, o
contágio ocorre, especialmente pelo contato físico pele a pele com lesões ou
fluidos corporais. Em pessoas infectadas, febre, erupções cutâneas, inchaço dos
gânglios (ínguas), dor no corpo, exaustão e calafrios são os sintomas mais
comuns.
Tratamento
Durante o lançamento da campanha, o
ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, destacou que o fato de não existir um
tratamento específico para a doença não quer dizer que ela não tenha
tratamento. Segundo Queiroga, sintomas como dor podem ser amenizados com
medidas específicas.
O ministro da Saúde fez questão de
falar sobre a diferença da varíola dos macacos para a covid-19. “A letalidade
dessa doença é baixa. O vírus é diferente. O vírus da covid-19 é o vírus de
RNA. Portanto é o vírus que sofre mutações com maior frequência ao passo que o
vírus de DNA [da varíola dos macacos] tem um potencial menor de ter mutações, o
que engana até as vacinas que são desenvolvidas com tecnologias sofisticadas”,
explicou.
Vacinas
O Ministério da Saúde iniciou no mês
passado as tratativas com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e a OMS
para a compra de 50 mil doses da vacina contra a doença. “É necessário que haja
um contrato a ser firmado pelo Ministério da Saúde com a Opas, para deixar isso
bem claro, para que tenhamos uma previsão de entrega dessas vacinas. A previsão
era de que se entregasse no fim do mês de agosto. A Socorro [Gross,
representante da Opas] me informou que seria no começo de setembro. Seriam duas
remessas, são três agora. Há uma carência desse insumo a nível mundial”,
justificou Queiroga.
Na última sexta-feira (19), a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a importação excepcional de
remédios e vacinas que anda não têm registro no Brasil. A previsão é de que a
primeira, de três remessas, chegue no início de setembro. Sobre esses
imunizantes, Marcelo Queiroga explicou que como a imunização completa requer
duas doses, elas serão suficientes para vacinar 25 mil pessoas. Os primeiros a
receber a vacina serão profissionais da saúde que atuam diretamente com o
vírus.
Antiviral
Assim como ocorre com as vacinas, como
não há no Brasil nenhum representante do antiviral no país, o Ministério da
Saúde também solicitou à Opas a compra de 10 doses do tecovirimat para
tratamentos imediatos, e outras 50 unidades para casos graves. A pasta negocia
ainda o transporte de mais 12 unidades doadas pelo laboratório produtor, e a
compra de mais 504 doses.
TSE
O lançamento da campanha hoje ocorre
após o ministro Edson Fachin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), autorizar a veiculação de peças publicitárias do
governo federal sobre o tema até o dia 30 de agosto. A legislação eleitoral
brasileira proíbe qualquer publicidade institucional que possa configurar o uso
abusivo da máquina pública para promoção de governantes durante os três meses
antes das eleições, por isso, precisou ser analisada pela Justiça Eleitoral. Em
sua decisão, Fachin ressaltou que a divulgação da campanha é de interesse
público. Ainda pela decisão, todo o material da campanha deve ser veiculado em
uma página específica sobre a varíola dos macacos.
Ainda com objetivo de esclarecer a
população sobre a doença , Queiroga adiantou que aguarda nova autorização do
TSE, desta vez, para gravar um pronunciamento em cadeia de rádio de TV com
informações técnicas sobre a varíola dos macacos para esclarecer a população.
(CN7)
(Foto: banco de
imagens)
.png)



Deixe seu comentário
Postar um comentário