Ceará chega a quase mil focos de calor em 2022
Imagens de
satélite, indicadores da presença de calor em determinada região, apontam que o
Ceará já registrou cerca de mil focos de calor até o mês de outubro deste ano.
Em 2021, o número foi de 4.379, o maior desde 2011, segundo revela o Programa
Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Ainda de acordo com
os dados divulgados pelo Inpe nesta terça-feira (25), o Estado é o quarto que
mais registrou focos de queimadas no Nordeste em 2022 desde janeiro até o
início de setembro. A época de pico do calor, no entanto, costuma ser em
novembro.
Juliana Vieira,
pesquisadora da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos
(Funceme), explica que é a partir do segundo semestre, quando as chuvas
reduzem, o cenário já costuma ficar favorável às queimadas, porque há
temperaturas mais elevadas, baixa umidade do ar e também vegetação seca.
A composição
química na atmosfera, que agrava o aquecimento global, levando à perda da
biodiversidade local, além das questões socioeconômicas, onde o a terra fica
inapta para a agricultura, fazendo com o que o homem do campo tenha que se
deslocar para outras regiões, são apenas alguns dos males causados pelas
queimadas.
"O impacto
maior é o seu empobrecimento, visto que, durante esta prática, a matéria
orgânica, que é a reserva nutricional para as plantas, é destruída”, reforça a
pesquisadora da Funceme.
"Com o
desenvolvimento da tecnologia, surgiram outras práticas que podem substituir o
uso do fogo. Alguns países já utilizam máquinas para fazer o preparo da terra
para o plantio. No semiárido, porém, nem todos os agricultores têm acesso a
este tipo de tecnologia e acabam se utilizando das queimadas para realizar a
limpeza de áreas", finaliza.
Previna
Em 2018, o programa
Previna, realizado pelo Governo do Estado do Ceará, em parceria com a Funceme,
criou um mapa que indica as áreas mais susceptíveis a incêndios florestais e
queimadas, cujo o uso do fogo não é permitido em um determinado período do ano.
(Sobral Portal de Notícias)
(Foto: Reprodução)
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