Lixões a céu aberto tomam conta de vias públicas em Fortaleza
O ato de depositar lixo em vias públicas é um vício que se alastra ano após ano
em Fortaleza. A
prática dá origem aos famigerados “lixões a céu aberto”.
Exemplos desses comportamentos, na rua Tibúrcio Cavalcante, n° 3057, no
Dionísio Torres, e no cruzamento das ruas João Brígido com Gonçalves Ledo, no
Aldeota, acúmulos intensos de lixo e entulhos são identificados
cotidianamente.
Na Tibúrcio Cavalcante, moradores relatam que existe um terreno baldio
desapropriado, cercado por um muro de proteção. Colado ao muro, as pessoas
jogam de lixo orgânico à material de construção.
O hábito não só
atrapalha o dia a dia dos pedestres e automóveis que trafegam pelo espaço
público, mas também traz problemas à saúde pública. Como pondera Verônica
Veras, de 64 anos, o excesso de lixo e entulho causa a aparição de ratos
e baratas no prédio onde ela é síndica — localizado em frente ao
terreno.
“A gente sabe que o terreno tem um dono (não identificado). O
proprietário colocou o terreno à venda, porém, até o momento, não teve
compradores. Foi então que todo o espaço ficou abandonado e virou um depósito
de lixo. Isso já faz mais ou menos um ano”, afirmou Verônica.
Ela também disse que os animais já chegaram a invadir alguns
apartamentos. “A gente prima pela limpeza, pela saúde, aqui [no prédio] moram
26 famílias, e estamos muito preocupados com isso”, salientou.
Verônica evidencia que a coleta de lixo é
realizada de forma periódica, entre três e quatro vezes por semana.
No entanto, as pessoas criaram o costume de tratar o ambiente como um
ambiente para jogar lixo, e, por isso, o espaço fica sujo, mesmo sendo limpo
regularmente. “Não tenha dúvida que o pessoal do lixo e a Prefeitura que vem
tirar o lixo, eles passam aqui [durante a manhã]. Meia hora depois, já está
sujo de novo. Lotado de lixo", explicou a síndica.
Ao apontar possibilidades para acabar com a problemática, ela fala da
necessidade de ações de conscientização que devem ser promovidas pela
Prefeitura. A síndica também julga ser necessário que seja feito o trabalho de
pintura, além da poda das árvores e remoção das mudas presentes nas vias.
"Devido
ao abandono, as pessoas se sentem no direito de 'rebolar' lixo aqui, mas elas
precisam ser orientadas a não fazer isto. Aqui é uma via de acesso do Aldeota
até a Monsenhor Salazar, onde passa muito ônibus e carros. A Tibúrcio
Cavalcante é uma rua muito conhecida, importante para a história da Cidade, e,
de repente, virou um lixo a céu aberto”, encerrou.
A Secretaria Municipal da Conservação e Serviços Públicos (SCSP) informou
que, nesse ponto de descarte irregular, é realizada uma coleta especial urbana,
programada para acontecer todas as terças, quintas, sextas e sábados.
Desde a última segunda-feira, 21, até esta segunda-feira, 28, O
POVO visitou algumas vezes o espaço e
constatou que houve melhora melhora significativa na limpeza da rua.
Antes
e depois: visita do O POVO na última segunda-feira, 21, e nesta segunda-feira,
28
(O Povo- Online)
(Foto: Yuri Allen/Especial para O Povo)
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