Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher – Medidas podem ser solicitadas de forma virtual para afastar o agressor
Nunca é demais quando abordamos o tema sobre o combate a
violência doméstica, não é mesmo? Neste sábado (25), Dia Internacional da Não
Violência Contra a Mulher, não seria diferente, a Secretaria da Segurança
Pública e Defesa Social (SSPDS) destaca a nova ferramenta de solicitar medida
protetiva de urgência que visa proteger as mulheres vítimas de violência, fala
sobre os núcleos das vinculadas que são capacitados para o combate da violência
contra a mulher e sobre o atendimento especializado para as vítimas de
agressões.
Foi pensando nas mulheres que são vítimas de violência
dentro da própria casa, que o Governo do Ceará, por meio da Secretaria das
Mulheres, da SSPDS, e da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), lançou um
sistema de solicitação de medida protetiva de urgência, de forma virtual, sem a
necessidade do registro de Boletim de Ocorrência (BO). A ferramenta foi lançada
no último dia 22 de agosto, na Casa da Mulher Brasileira, mas o funcionamento é
para todo o Ceará.
A nova ferramenta, que já teve 188 solicitações, desde a sua
inauguração, tem como objetivo oferecer às vítimas um procedimento mais ágil e
sem burocracia. Além disso, a mulher não terá necessidade de se deslocar até
uma delegacia para fazer a solicitação. As medidas protetivas obrigam os
agressores a manter distância, se afastarem dos lares, e não entrar em contato
com a vítima, familiares e testemunhas, entre outras pessoas, sejam contatos de
forma presencial ou virtual.
Outros dados relevantes que podemos destacar, foram autos de
apreensão/ prisões em flagrantes registrados por descumprimento de medidas protetivas
de urgência no Ceará. De janeiro a outubro deste ano, cerca de 378 indivíduos
foram retirados de circulação por desobediência da ordem judicial, o número é
62,2% maior se comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram
registrados 233 casos. Os dados foram compilados pela Superintendência de
Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp) da SSPDS. Isso mostra o
empoderamento das vítimas em denunciar o agressor. Portanto, destacamos a
importância da ampla discussão sobre o tema.
Como solicitar medidas protetivas
Para solicitar uma medida de forma virtual, a vítima precisa
acessar o site mulher.policiacivil.ce.gov.br, e deve acessar o sistema
utilizando o número do CPF e a senha da conta do gov.br, em seguida deve
preencher um formulário eletrônico em que fornece informações de relatos da
violência. Após a conclusão do preenchimento, a Polícia Civil recebe e já
encaminha ao Poder Judiciário, para que este decida sobre o pedido das medidas.
Sala Lilás
Ainda falando sobre o atendimento à mulher vítima de
violência, o Governo do Ceará, por meio da Secretaria das Mulheres e da
Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) – em parceria com a
Prefeitura Municipal de Jaguaruana –, inaugurou a primeira Sala Lilás na
Delegacia Municipal de Jaguaruana. O evento ocorreu na unidade da Polícia Civil
do Estado do Ceará (PCCE), no último dia 16 de outubro.
A Sala Lilás é um espaço especializado para atendimento de
mulheres em situações de violência doméstica. O objetivo do local é promover um
atendimento especializado e humanizado para as mulheres vítimas de violência
física, sexual, psicológica, moral e patrimonial. O equipamento atenderá
mulheres do município de Jaguaruana e região.
Vale destacar, que os trabalhos das Forças de Segurança do
Ceará em combate a violência contra a mulher é ininterrupto. Portanto, a SSPDS
e suas vinculadas possuem outras ferramentas e meios de combate ao crime, e
conta, ainda, com atendimento especializado.
Conheça um pouco dos trabalhos realizados pela PCCE, Polícia
Militar do Ceará (PMCE) e Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce).
Dipre – ações de prevenção a violência
As ações realizadas pela Divisão de Proteção ao Estudante
(Dipre) da PCCE tem como objetivo abordar assuntos preventivos relacionados à
violência. Para isso, o Dipre realiza palestras e cursos com o foco na
prevenção e na elaboração de estratégias em combate ao uso de drogas. Os
encontros, que são realizados por policiais civis, podem acontecer em escolas
da rede privada ou pública, bem como, para comunidade, empresas ou Forças de
Segurança do Ceará. O ciclo de formação pode tratar, também, da problemática
relacionada aos assuntos de violência doméstica ou sexual, coletivos criminais,
bullying ou cyberbullying.
Copac – um acompanhamento de aproximação
Com o objetivo de trazer mais segurança para a população, o
Comando da Polícia Militar para Prevenção e Apoio às Comunidades da Polícia
Militar do Estado do Ceará (Copac/PMCE) tem a finalidade principal na atuação
do policiamento comunitário, de forma proativa e preventiva no sentido de
estabelecer relações com a comunidade e seus setores. O Copac trabalha
entendendo o perfil e a dinâmica das comunidades com uma presença focada em
situações na qual as pessoas enfrentam, em meio a violência, as ameaças. Além
da aproximação com a comunidade, o Copac atua no atendimento de violência
contra a mulher. O atendimento ocorre quando a vítima ou terceiros denunciam
por ligação, via 190, situações de vulnerabilidade contra as mulheres. O
registro é encaminhado para o Copac que passa a enviar uma viatura do Grupo de
Apoio às Vítimas de Violência (Gavv) ao local. As mulheres passam a ser
acompanhadas mais de perto por equipes do Gavv.
Namca – um atendimento especializado
Com o objetivo de acolher e minimizar os danos causados pela
violência doméstica e sexual, o Núcleo de Atendimento Especial à Mulher,
Criança e Adolescente (Namca) da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce)
recebe mulheres que passaram por situações de agressões físicas e sexuais. O
espaço dispõe, ainda, de atendimento humanizado para a realização de exames
periciais que subsidiarão investigações policiais contra os agressores. Além
disso, a Pefoce realiza perícia laborais e no ambiente do crime para busca de
vestígios que comprovem que a mulher foi vítima da violência.O atendimento
especializado busca acolher da melhor forma possível as vítimas que estão
fragilizadas por conta da violência.
(SSPDS)
(Foto: Reprodução)
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