Ceará confirma 122 casos de febre Oropouche em seis municípios
A Secretaria da Saúde do Ceará disse que o
evento é 'atípico', visto que a doença não é considerada endêmica no estado.
O Ceará confirmou 122 casos
de febre Oropouche em seis municípios do estado - todos na região do Maciço
do Baturité.
Veja a lista:
A
Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) disse que o evento é 'atípico',
já que a doença não é considerada endêmica no estado. O primeiro caso da doença
no estado foi confirmado pela Secretaria da Saúde do Ceará (SESA) no dia 21 de
junho de 2024: um paciente de 53 anos, sexo masculino, residente na zona
rural do município de Pacoti.
"Essa
doença é transmitida por um novo vetor, um novo mosquito, que é conhecido em
alguns lugares como maruim ou como mosquito-pólvora. É da
espécie Colicoides paraense. É um mosquito menor e que está muito presente
naquela região. Está muito associado com regiões de plantação, criações
de animais. É um mosquito que os focos, normalmente, estão
fora de casa. É um pouco diferente do caso do mosquito da dengue. É
um mosquito que tem um habitat mais silvestre, mais de área de mata
mesmo", explica Antonio Lima Neto, secretário executivo de Vigilância em
Saúde da Sesa.
Os sintomas mais comuns são febre, dor de
cabeça muito intensa (bem parecida com a dengue) e dores
musculares, chamadas de mialgias.
Antonio Lima Neto aponta que a prevenção é
'individual' e que pode ser feita com o uso de roupas com mangas compridas que
protejam braços e pernas.
"Se possível, utilize o repelente, embora a
gente não saiba exatamente ainda a importância do repelente. Mas nesse caso
específico desse mosquito, tem sido recomendado também o uso. E evitar os
horários em que há maior proliferação, sobretudo áreas que a gente chama de
crepusculares, que é o fim da tarde, começo da manhã, onde há uma grande
procura do mosquito.", disse.
Ainda não
há tratamento específico disponível.
A detecção da Febre do Oropouche é feita por um teste, que
utiliza biologia molecular e busca o material genético do vírus.
A Secretaria da Saúde ressalta a importância de um
diagnóstico diferencial por meios laboratoriais e recomenda que a população
procure uma unidade de saúde assim que sintomas aparecerem.
"É uma doença que a gente está conhecendo.
Tiveram alguns casos mais graves em outros estados, algumas situações em que as
gestantes foram afetadas, inclusive, com confirmação de óbito fetal. Então, a
gente tem falado muito da proteção, majoritariamente, também essa gestante e evitar
o maior contato com áreas em que o mosquito esteja proliferando", concluiu
o secretário executivo de Vigilância em Saúde
(G1)
(Foto: Dive/Divulgação)
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