Ceará conta com 31 municípios em situação de emergência
Segundo a Defesa Civil do Ceará, há atualmente 31 municípios
cearenses em situação de emergência, sendo 22 por estiagem e nove por seca.
Conforme os dados obtidos pelo Sistema Integrado de Informações sobre
Desastres (S2ID), a estiagem pode ser vista nas localidades cearenses de Acopiara,
Boa
Viagem, Canindé, Catunda,
Caucaia,
Independência,
Irauçuba,
Itapajé,
Itatira,
Jaguaribara,
Meruoca,
Milhã,
Mombaça,
Parambu,
Pedra
Branca, Pereiro, Piquet
Carneiro, Potiretama, Quixadá,
Quixeramobim,
Salitre
e Tauá.
Enquanto
a seca encontra-se em Aiuaba, Arneiroz, Campos
Sales, Choró, Jaguaretama,
Jaguaribe,
Madalena,
Quiterianópolis e Solonópole.
Conforme divulgado pelo Diário Oficial da União, as localidades de Jaguaribara,
Pedra Branca e Salitre — estiagem — e Quiterianópolis - em
seca - integraram a lista nos dias 7 e 10 de fevereiro. A situação de
emergência para desastres foi catalogada pela Secretaria Nacional de Proteção e
Defesa Civil.
Além das cidades cearenses nas portarias publicadas, foi levantado que há
estiagem também em Algodão de Jandaíra (PB), Várzea (PB), Calumbi (PE), Belém
do Brejo do Cruz (PB), Brejão (PE), Mirandiba (PE) e Tacaimbó (PE). A seca
alastra ainda Poço Redondo (SE) e Caiçara do Norte (RN). As chuvas intensas
passam por Riachão do Jacuípe (BA) e Brejo da Madre de Deus (PE).
Nacionalmente, há 1.199 de reconhecimentos vigentes para desastres.
Fortaleza é uma cidade resiliente
para desastres
De acordo com o S2ID, Fortaleza integra o Programa Cidades Resilientes
desde novembro de 2021. É uma iniciativa baseada na campanha global
“Construindo Cidades Resilientes: Minha Cidade Está se Preparando”, promovida
pelo Escritório das Nações Unidas para Redução do Risco de Desastres (UNDRR) da
ONU.
Seu objetivo é fortalecer a capacidade dos municípios para prevenir,
reduzir e responder a desastres, integrando a gestão de riscos ao planejamento
urbano e às políticas públicas.
Alguns pontos incluídos são a elaboração e implementação de planos de
ação para a redução de riscos de desastres e integração de políticas públicas
que fortaleçam a capacidade de resposta e adaptação da cidade. No Brasil, o
programa conta com o apoio da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil
(Sedec) e de outras instituições.
A adesão de Fortaleza ao Programa não significa que a cidade deixou de
ter desastres. O serviço tem como objetivo amenizar ocorrências, fortalecer a
governança e melhorar a resposta a eventos adversos, mas não elimina
completamente sua ocorrência.
Para a Defesa Civil, a Capital continua sujeita a alagamentos,
deslizamentos e outros impactos das chuvas, comuns no período chuvoso. No
entanto, a participação contribui para a implementação de sistemas de alerta,
planejamento urbano mais seguro e capacitação da Defesa Civil, tornando a
cidade mais preparada para enfrentar esses eventos, conforme nota do Órgão.
Diferença entre seca e
estiagem
Segundo a Defesa Civil, a estiagem é um fenômeno de
curta duração, caracterizado pela redução temporária das chuvas em determinado
período, afetando principalmente atividades agrícolas e o abastecimento
hídrico. Já a seca é um evento mais prolongado, com déficit
hídrico severo e persistente, podendo comprometer de forma significativa os
recursos hídricos e a subsistência da população afetada.
Nota da Defesa Civil do Ceará na
íntegra
O Estado do Ceará, por meio da Coordenadoria Estadual de Proteção e
Defesa Civil (Cedec), verifica a integridade das informações e presta apoio
técnico aos municípios para que a solicitação para categoria de situação de
emergência seja corretamente instruída e recepcionada pela União, conforme o
artigo 7º da referida lei.
Em nota, a Defesa Civil ressalta que "o acompanhamento da Cedec
reforça a confiabilidade dos dados enviados, garantindo maior precisão nas
informações declaradas e auxiliando na transparência do processo e na prestação
de contas". Órgão ressalta que cada reconhecimento federal de Situação de
Emergência possui características próprias, variando conforme os impactos
locais e a capacidade de resposta do município.
Ainda explica que a permanência de alguns municípios em situação de
estiagem ou seca mesmo após o início da quadra chuvosa pode ocorrer porque os
decretos foram solicitados anteriormente e ainda estão vigentes. "Além
disso, as chuvas registradas até o momento podem não ter sido suficientes para
reverter os impactos da estiagem ou seca, exigindo uma análise detalhada de
cada caso", adiciona.
(O Povo- Online)
(Foto: Fábio Lima)
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