Mulher de 58 anos é internada com raiva humana no Ceará
Uma
mulher de 58 anos de idade foi diagnosticada com raiva humana e está internada
em tratamento no Hospital São José, em Fortaleza, após ser mordida por um sagui
ou “soim” como é conhecido popularmente o animal silvestre.
No
período de 2008 a 2024, o Ceará registrou seis casos de raiva humana nos
municípios de Camocim, Chaval, Ipu, Jati, Iracema e Cariús, conforme boletim
epidemiológico disponível no site da Sesa. A Secretaria da Saúde do Ceará
confirmou, neste ano, uma nova ocorrência da doença. Uma mulher de 58 anos,
moradora do município de Jucás, foi diagnosticada com a infecção após receber
assistência no Hospital São José (HSJ), unidade referência no estado em
Infectologia. A análise do exame foi realizada pelo Laboratório Central de
Saúde Pública (Lacen/CE) e confirmada pelo Instituto Pasteur – São Paulo.
A
paciente, que não havia sido vacinada após o acidente, relatou ter sido mordida
por um sagui em novembro do ano passado. Em 27 de janeiro deste ano, ela buscou
atendimento em um hospital do município com náuseas, dificuldade de engolir e
de falar e hidrofobia (aversão à água). Por apresentar sintomas característicos
da doença, a mulher foi encaminhada no dia seguinte ao HSJ, onde está
hospitalizada.
Em
17 anos, esse é o quinto caso de raiva humana transmitida por saguis, primatas
de pequeno porte conhecidos popularmente como soins. O médico Carlos Garcia
orienta a população a manter distância desses animais que, pela origem
silvestre, não podem ser vacinados. “As pessoas devem evitar manter contato,
seja alimentando ou acariciando. Caso note algum deles com comportamento
estranho e fora do bando, a Secretaria Municipal da Saúde ou o Setor de
Controle de Zoonoses deve ser comunicada para realizar a contenção correta”. A
orientação também vale para outros animais silvestres, como raposas e morcegos.
A raiva é
uma doença infecciosa grave que atinge o Sistema
Nervoso Central de mamíferos, levando-os à morte em aproximadamente 100%
dos casos. O vírus do gênero Lyssavirus, causador da infecção,
pode ser transmitido a humanos por meio de mordedura, lambedura ou arranhadura
de animais contaminados.
(Foto:
Reprodução)
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