Operação prende criminosos que fornecem armas para facção no Ceará
A Polícia Civil
do Ceará, em parceria com o Ministério Público do Estado e outras forças de
segurança, deflagrou na manhã desta terça-feira (3) uma nova fase de uma
operação prender membros do Comando Vermelho que fornecem armas a criminosos no
estado.
A ação teve como foco o
cumprimento de sete mandados de prisão e sete de busca e apreensão, tanto em
Fortaleza, no Conjunto Ceará.
A operação é um
desdobramento da investigação que apura a atuação de chefes do Comando Vermelho
escondidos na comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro, mas que comandam o
tráfico de drogas no bairro Conjunto Ceará, na capital cearense.
Segundo o coordenador
do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), Dr.
Adriano Saraiva, a investigação teve início em maio de 2024, após a Secretaria
de Administração Penitenciária realizar uma inspeção em uma unidade prisional
no Ceará.
Durante a vistoria,
dois celulares foram apreendidos para analisar o conteúdo dos aparelhos.
“Esses celulares
foram encaminhados ao GAECO, o GAECO pediu autorização judicial para analisar o
conteúdo desses celulares, e após a análise do conteúdo dos celulares, se
revelou um esquema criminoso de comercialização de drogas ali no Conjunto
Ceará. Havia ali duas lideranças, que estavam dentro do sistema
prisional, comandando todo o tráfico de drogas no Conjunto Ceará. E aí
tinham seus parceiros, que eram os operadores financeiros, e aí eram quatro
mulheres que faziam isso, e tinham as pessoas encarregadas de comercializar
essas drogas”, detalhou o coordenador do GAECO.
Ordens diretas do Rio de Janeiro
para o Ceará
“Quando havia uma crise
aqui no Ceará, a gente via que havia uma mensagem deles ali, se reportando à
cúpula do Comando Vermelho, e nós deduzimos que é exatamente essas lideranças
que estão hoje homiziadas no Rio de Janeiro”, explicou Adriano Saraiva.
No último sábado, o
Ministério Público já havia realizado uma grande operação no Rio de Janeiro, em
conjunto com forças de segurança locais, que visava capturar os chefes da
organização. Imagens inéditas dessas ações também foram divulgadas durante
coletiva de imprensa nesta terça.
Sobre os alvos da
operação desta terça, Dr. Adriano confirmou o vínculo com os chefes
investigados no Rio:
“Sem dúvida,
isso vai ser comprovado com a análise do conteúdo de celular. Será
importantíssima essa análise para que a gente possa fazer o vínculo dessas
pessoas que estavam atuando no Conjunto Ceará com essas pessoas que estão no
Rio de Janeiro.”
A operação foi
realizada em áreas de difícil acesso, exigindo planejamento e integração entre
os órgãos envolvidos. Em alguns locais, suspeitos tentaram escapar se
escondendo em áreas de mata.
(G1)
(Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)
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