PF cumpre mandados em operação contra desvio de recursos e crime de peculato por entidades no Ceará
Uma operação da Polícia Federal (PF), deflagrada na manhã desta
terça-feira, 17, mirou irregularidades no Termo de Fomento e transferência de
recursos federais destinados à Organização da Sociedade Civil em Fortaleza.
Ao todo, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, sendo dois
em Fortaleza, e um no município de Caucaia, na Região Metropolitana de
Fortaleza (RMF).
Eles
foram expedidos pela 12ª Vara Federal do Ceará. As investigações também apontam
para uma possível montagem de documentação para prestação de conta.
As investigações apuram crimes em licitação relacionados à prestação de
serviços de capacitação de educadoras sociais para prevenção do suicídio e da
automutilação, em comunidades de baixa renda, na Capital cearense.
A PF informou que as investigações tiveram início em setembro de 2024
após uma denúncia que apontava irregularidades e preterição de pessoas
envolvidas no processo seletivo de contratação de prestadores de serviço do
projeto social.
O esquema acontecia diante de um processo licitatório realizado por
entidade para execução de Termo de Fomento firmado com a União, por meio do
Ministério das Mulheres.
A denúncia ainda apontava que o processo seletivo tinha direcionamento
das contratações para pessoas ligadas aos responsáveis da Organização da
Sociedade Civil.
De acordo com a Controladoria-Geral da União (CGU), que auxiliou na
operação, as investigações confirmaram as denúncias e identificaram também
indícios de montagem da documentação referente à prestação de contas do recurso
público.
O objetivo das irregularidades visava dar aparência de legalidade na
aplicação do valor, com indicativo claro de atuação criminosa no desvio em
benefício dos suspeitos, além de indícios da prática do crime de peculato.
Segundo a PF, os investigados poderão responder, em tese, pelo crime de
peculato, no art. 312 do Código Penal, em combinação com o art. 327, §1º, que
trata da equiparação de particulares a funcionários públicos para fins
penais. A operação foi intitulada de “Preterição”.
(O Povo- Online)
(Foto: SECOMP)
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