Dia mundial do colesterol e o alerta sobre o risco silencioso da doença

 



Nesta sexta-feira, 8, é o Dia Mundial do Colesterol, gordura produzida principalmente pelo fígado que participa da formação de hormônios, ácidos biliares e vitamina D, e que, com seus níveis desregulados, pode se tornar um inimigo do coração.

O colesterol alto é considerado um dos fatores que mais contribuem para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como o infarto. No Brasil, cerca de 4 em cada 10 pessoas adultas têm um nível alterado do colesterol, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Conforme o presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia do Ceará, Dr. Ulysses Cabral, a data de conscientização, além de alertar a população sobre os riscos do colesterol alto, incentiva medidas preventivas.

“É fundamental entender a diferença entre o HDL, conhecido como ‘colesterol bom’ por ajudar a remover o excesso de gordura do sangue, e o LDL, o ‘colesterol ruim’, que em níveis elevados se acumula nas artérias e favorece a formação de placas, o que pode levar ao infarto, AVC e outras complicações cardiovasculares”, explica.

Para o especialista, o controle dos níveis de colesterol é fundamental para a prevenção de doenças cardiovasculares, que, descontrolado, também pode agravar outras condições crônicas, como hipertensão e diabetes.

 “Além do colesterol, os triglicerídeos também merecem atenção. Trata-se de outro tipo de gordura produzida pelo fígado, que serve como reserva de energia. Em excesso, também contribui para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares”, alerta.

O controle do colesterol

A base do controle do colesterol está nos hábitos de vida. A prevenção, segundo o médico, passa por uma rotina que inclua alimentação balanceada, prática regular de atividade física, controle do peso e abandono de hábitos nocivos como o tabagismo e o consumo de álcool.

Pessoas com histórico familiar de colesterol elevado, infarto ou AVC devem redobrar os cuidados. “O acompanhamento médico e a realização periódica de exames são essenciais, principalmente para grupos de risco como hipertensos, diabéticos, obesos e fumantes”, reforça.

Ulysses comenta que um dos mitos mais comuns é acreditar que somente pessoas com excesso de peso ou alimentação desregrada têm colesterol alto.

“Fatores genéticos influenciam bastante, e pessoas magras também podem apresentar dislipidemia. Outro equívoco é restringir apenas alimentos como ovos ou gorduras visíveis: o controle do colesterol envolve a alimentação como um todo, além do estilo de vida e, em alguns casos, de medicação”, esclarece.

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Para a cardiologista e nutróloga Simony Fauth, muitos outros mitos ainda persistem, principalmente em relação à alimentação.

O ovo, por exemplo, pode fazer parte de uma dieta saudável, desde que consumido com moderação. Já a margarina, considerada por anos uma vilã, hoje conta com versões livres de gorduras trans.

“É fundamental olhar para os rótulos e escolher produtos com menos gordura saturada e, preferencialmente, enriquecidos com fitoesteróis”, orienta. Outro ponto de atenção que ela lembra é o jejum para exames.

Hoje, muitos testes laboratoriais já podem ser feitos sem jejum, o que facilita o rastreamento, especialmente em ações de saúde pública. Além da prevenção, a adesão ao tratamento é uma das maiores barreiras enfrentadas pelos médicos.

“Muitos pacientes interrompem o uso de medicamentos ao perceberem melhora nos exames ou por medo de efeitos colaterais. É preciso entender que o controle do colesterol é um cuidado contínuo. O abandono do tratamento pode ter consequências sérias e irreversíveis”, finaliza.

 (O Povo- Online)

 (Foto: Yuri Allen/ Especial para O POVO) 

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