Senado aprova isenção de IR até R$ 5 mil e milhões serão beneficiados

 



A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta quarta-feira, 24 de setembro, um projeto que altera a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) e amplia a faixa de isenção para quem recebe até R$ 5 mil por mês, o equivalente a R$ 60 mil ao ano. A medida, prevista para entrar em vigor em janeiro de 2026, deve beneficiar milhões de brasileiros das classes média e baixa, aumentando a renda disponível e estimulando o consumo.

Atualmente, apenas quem recebe até R$ 3.036 mensais está dispensado de pagar o imposto. Com a mudança, além da nova faixa de isenção, haverá um desconto progressivo para contribuintes que ganham entre R$ 5.001 e R$ 7.350, assegurando maior proporcionalidade. O limite para dedução simplificada também será atualizado, passando de R$ 16.754,34 para R$ 17.640 anuais.

O projeto foi aprovado em caráter terminativo e seguirá para a Câmara dos Deputados, a menos que haja recurso para votação no plenário do Senado. A proposta tem pontos semelhantes ao texto do governo federal, que ainda aguarda análise na Câmara. O relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), destacou que a revisão corrige parte da defasagem histórica da tabela do imposto e injeta recursos na economia.

Outra novidade prevista no texto é a criação do Imposto de Renda da Pessoa Física Mínimo (IRPFM), voltado para rendimentos anuais acima de R$ 600 mil. As alíquotas variam de 0% a 10%, sendo aplicadas progressivamente até atingir o teto para quem ultrapassa R$ 1,2 milhão por ano. O objetivo é reduzir distorções que, segundo o relator, permitiam que pessoas de alta renda pagassem proporcionalmente menos tributos do que contribuintes de classe média.

Quanto aos lucros e dividendos, a proposta mantém a isenção para valores de até R$ 50 mil mensais recebidos por pessoas físicas no Brasil. Acima desse limite, haverá retenção de 10% na fonte. Dividendos enviados ao exterior também serão tributados em 10%.

A revisão da tabela do IR foi uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022 e integra a estratégia do governo para reduzir a carga tributária sobre os trabalhadores e impulsionar a economia interna. A expectativa é que a medida aumente o poder de compra das famílias e fortaleça o mercado de consumo no país.

 (Portal folha do vale)

(Foto: Reprodução)

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