Ceará domina produção de castanha e Vale do Jaguaribe se destaca no ranking

 



O Ceará reafirma sua liderança nacional na produção de castanha de caju, concentrando oito das dez cidades com maior volume de produção no país. Entre os destaques está o município de Alto Santo, no Vale do Jaguaribe, que ocupa a terceira colocação nacional, com 8,2 mil toneladas colhidas em 2024, uma safra avaliada em R$ 43 milhões, segundo dados da Produção Agrícola Municipal (PAM), divulgados pelo IBGE.

O ranking é liderado por Bela Cruz, no Litoral Norte, que registrou um salto de 75% na produção e alcançou 13,6 mil toneladas, equivalente a R$ 61,5 milhões. Logo em seguida vem Beberibe, no Litoral Leste, com 12,8 mil toneladas e valor de R$ 70 milhões. Aracati, também em destaque, produziu 4,7 mil toneladas, com valor estimado em R$ 27 milhões. Além de Alto Santo, outras cidades cearenses do ranking são Ocara, Cascavel, Cruz e Barreira.

Entre os dez maiores produtores do Brasil, apenas dois municípios não são cearenses: Serra do Mel, no Rio Grande do Norte, e Pio IX, no Piauí. O levantamento reforça o domínio nordestino na cajucultura, atividade que encontra no clima semiárido e nos solos arenosos condições ideais para o cultivo.

A engenheira agrônoma Jocilene Pinheiro, da Ematerce, destaca que o fortalecimento da produção se deve à diversidade de perfis de produtores e à organização em cooperativas.

A produção de castanha é muito diversificada, reunindo grandes, médios e pequenos produtores. As cooperativas têm sido essenciais para que agricultores familiares consigam comercializar com competitividade e aumentar sua renda”, afirma.

Produção cearense cresce 61% em 2024

O Ceará produziu 101,9 mil toneladas de castanha de caju em 2024, o equivalente a 64% de toda a safra nacional, estimada em 159 mil toneladas. Foi o maior volume registrado desde 2012. Em relação a 2023, quando o estado colheu 63 mil toneladas, o crescimento foi de 61%.

O bom desempenho é atribuído a chuvas acima da média e ao uso de novas tecnologias no campo, como a substituição de copas e o plantio de cajueiros anões precoces, que garantem produtividade elevada a partir do terceiro ano de cultivo.

Parte desse aumento é resultado de incentivos anteriores e do avanço na assistência técnica. A cajucultura cearense está se modernizando”, explica Jocilene.

Atualmente, a castanha de caju é a quinta lavoura permanente mais produzida no estado, atrás apenas do coco, banana, maracujá e mamão. O aumento dos preços e a diversificação de produtos derivados, como hambúrgueres de carne de caju, leite de castanha, espumantes e cervejas, também ajudam a impulsionar o setor.

O desempenho de municípios como Alto Santo e Aracati, ambos no Vale do Jaguaribe, reforça o papel estratégico da região na economia agrícola cearense, consolidando o estado como o epicentro da cajucultura nacional.

(Portal folha do vale)

(Foto: Reprodução)

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