Mais de 7 mil candidatos cotistas são indeferidos pela Uece
A Universidade Estadual do Ceará
(Uece) indeferiu 7.419 documentações de candidatos cotistas
que se inscreveram para disputar vaga no vestibular 2026.1, de acordo com o
comunicado do resultado da análise dos dados de cotas divulgado pela Comissão
Executiva do Vestibular (CEV).
O comunicado, publicado na quarta-feira passada, 22, mostra o resultado
preliminar da análise da documentação dos candidatos que se inscreveram como
cotistas.
A Uece, por meio da CEV, informa que muitos indeferimentos relacionados
às inscrições de candidatos cotistas no Vestibular 2026.1 ocorreram em razão do
envio de documentações incompletas e/ou desatualizadas.
Os candidatos já realizaram a prova da 1ª fase do vestibular no dia 12
deste mês e a 2ª fase será aplicada nos dias 30 de novembro e 1° de dezembro,
das 9h às 13h.
As cotas para concorrer às vagas
reservadas do Vestibular 2026.1 da Uece são destinadas as
seguintes modalidades:
- Preto;
- Pardo;
- indígena;
- Quilombola;
- Cota social;
- Pessoa com deficiência (pcd).
O comunicado informa que os candidatos que não enviaram a documentação
exigida pelo Edital no prazo previsto
tiveram seus pedidos de concorrência pelas vagas reservadas indeferidos e
passam a concorrer pelas vagas da ampla disputa.
Para evitar disputar as vagas da ampla concorrência, onde estão,
majoritariamente, inscritos os alunos de escolas particulares, os participantes
poderão prestar recurso.
Nesse
sentido, a comissão também reforça que os candidatos podem solicitar reanálise
da documentação encaminhada, por meio de recurso, no período das 8h do dia 23
de outubro às 17h do dia 24 de outubro, no site.
No resultado Nº 189/2025-CEV/UECE constam os nomes dos candidatos que
solicitaram inscrição para as vagas reservadas para cotistas e a situação
preliminar dos quais no Vestibular 2026.1.
A CEV destaca que a avaliação é realizada de forma individualizada,
considerando as especificidades de cada grupo de cota e assegurando a aplicação
rigorosa e transparente das políticas afirmativas.
Quais
as razões dos indeferimentos?
A comissão afirma que não houve qualquer alteração, em relação à
vestibulares anteriores, quanto à documentação exigida em edital, ao sistema de
envio dos arquivos e à metodologia de análise das cotas.
Nas últimas três edições do vestibular da Uece, os percentuais de
deferimentos e indeferimentos variam conforme a categoria de cota, que inclui
autodeclarados pretos, pardos e indígenas, além das cotas sociais e
quilombolas.
Conforme a CEV, em algumas categorias, a variação do índices tem se
mantido "relativamente estável", como exemplo, o percentual de
deferimentos dos candidatos autodeclarados pretos registrou cerca de 37%
nas edições de 2025.1 e 2026.1.
A
categoria de cota social, registrou um aumento do índice de indeferimentos,
representado por 58,24% em 2026.1 (ainda passível de alteração
após os recursos), em comparação as edições anteriores - 34,38% em 2025.1 e
49,03% em 2024.1.
A comissão da Uece assegura que realiza a avaliação de forma
individualizada, considerando as especificidades de cada grupo de cota,
garantindo a aplicação rigorosa e transparente das políticas afirmativas.
De acordo com a Uece, todos os procedimentos de análise de documentação
seguem critérios técnicos e objetivos, em conformidade com o edital e a
legislação vigente.
"Caso sejam identificadas oportunidades de aprimoramento no
processo, a Universidade fará as devidas avaliações, com o compromisso de
assegurar transparência, equidade e respeito aos princípios das políticas
afirmativas", completa a Universidade.
Entre os principais motivos
identificados estão o não envio de documentos obrigatórios, tais como:
- Termo de autodeclaração e histórico
escolar;
- A apresentação de documentos de
renda desatualizados ou em nome de terceiros;
- Ausência de identidade do candidato
ou dos membros da família;
- Falta de comprovação adequada de
deficiência, nos casos de inscrição como pessoa com deficiência (pcd).
(O Povo- Online)
(Foto: FÁBIO LIMA)
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