PMs do CPRaio participam de ultramaratona com percurso de mais de 100km até Canindé
Correr
pela orla da avenida Beira-Mar em Fortaleza já se tornou tradicional aos
domingos pela manhã. Porém, para dois policiais da Polícia Militar do Ceará
(PMCE) o último domingo foi um dia não somente para provar que os treinos deram
resultado, mas para se superar e alcançar marcas antes inimagináveis. Os
atletas e agentes da PMCE participaram da 6º edição do “Desafio 100K Canindé –
A Ultra da Fé”, que iniciou em Maranguape, na Região Metropolitana de
Fortaleza, e terminou na cidade de Canindé, na região central do Ceará.
Correndo
há cerca de 10 anos e já com experiências em maratonas (42,1 quilômetros), o
subtenente PMCE Meton Tavares alcançou o 1º lugar geral na categoria de 50
quilômetros da Ultra da Fé. Já o 2º sargento PMCE Walter ficou com o 6º lugar
geral da prova na categoria de 100 quilômetros. Ambos os militares são lotados
no Comando de Policiamento de Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas (CPRaio).
Experiência
e determinação
“Eu
corro há 10 anos. Comecei a correr em Fortaleza e a minha primeira corrida foi
na Base Aérea de Fortaleza, em uma corrida de 10 quilômetros. Essa foi a
primeira ultramaratona, mas já corri outras maratonas. Corri a Maratona de
Natal, onde fiquei em 6º lugar na minha categoria. A maior distância que eu já
percorri oficialmente em corridas foi essa da Ultra da Fé, que foi 50
quilômetros”, afirmou o sub Meton, como é conhecido na tropa do CPRaio em
Tianguá onde atua desde 2008.
“As
conquistas que destaco ao longo desse período são relacionadas à minha saúde
mental e ao meu corpo. Além disso, socialmente, a corrida faz muito bem, pois
criamos vínculos de amizade muito fortes nesse meio. Esses são os exemplos que
procuro passar para as pessoas que acham que correr não é para todo mundo”,
destacou o subtenente.
Na
categoria de 50 quilômetros, os atletas largaram às 0h desse domingo (12), no
município de Caridade, e encerraram a prova chegando a Canindé. O subtenente
Meton finalizou o percurso com 4h e 57 minutos.
Preparação
do corpo e da mente
Já
na modalidade de 100 quilômetros, a largada da prova ocorreu às 15h de sábado
(11), em Maranguape, na Região Metropolitana de Fortaleza. Para o percurso, os
atletas precisam passar por sete pontos de controle, todos em igrejas,
simbolizando a fé no esporte e terminando na Estátua de São Francisco, em
Canindé.
O
início na prática da corrida surge de diversas maneiras. Para o 2º sargento
Walter, que atua no CPRaio no município de Eusébio, o esporte entrou em sua
rotina em 2021, após a preparação para um Teste de Aptidão Física (TAF) de um
curso operacional na Polícia Militar. “Na época não estava correndo nem três
quilômetros em 12 minutos e estava acima do peso”, afirmou o sargento.
Durante
esse período, o 2º sargento Walter participou da Maratona do Rio em 2023 – um
dos maiores eventos de corrida de rua do Brasil -, além de participar do
Ironman 70.3 de Fortaleza e de chegar à marca dos 60 quilômetros enquanto se
preparava para a Ultra da Fé.
“Como
já havia a vontade em 2024 e não pude fazer, esse ano resolvi me inscrever
novamente e focar todos os treinos nesta prova específica. Fazer uma
ultramaratona de três dígitos (100 quilômetros ou mais) exige, além da boa
forma física, um psicológico forte, um pensamento positivo constante que não te
faça desistir de correr quando você estiver no quilômetro 70, sentindo dores,
cansado e pensando em estar em casa assistindo televisão no sofá. Mente e corpo
precisam estar preparados para completar a missão”, destacou o sargento, que
concluiu o percurso de 100 quilômetros em 11 horas e 23 minutos.
(Foto: Reprodução)
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