As delegacias no
Ceará sofrem com funcionamento precário e até inexistente. No Interior, cerca
de 84 municípios não contam com delegacias. A região é a que mais sofre com a
situação, pois há uma grande falta de delegados. Os delegados ficam
responsáveis pela chefia das unidades, instauração de inquéritos e o andamento
dos que estão paralisados. Com a falta deles, os criminosos que são pegos
continuam impunes.
Os
municípios que não contam com delegacias são servidos por Unidades Policiais
(UP), que só podem registrar os Boletins de Ocorrência (B.O.). A violência
impera nesses municípios, porém esse é apenas um reflexo da decisão do Governo
do Estado sobre não convocar remanescentes do concurso para delegado da Polícia
Civil, realizado em 2014. Inclusive, a validade do concurso já se encerra em
agosto de 2018.
Mesmo
percebendo a necessidade, o governador Camilo Santana continua firme com sua
decisão de não convocar mais nenhum dos aprovados no concurso e nem no cadastro
de reserva: são cerca de 320 nesta condição. E hoje há 337 vagas ociosas de
delegados. Vale salientar que em janeiro cerca de 60 delegados deverão se
aposentar, com isso aumentará ainda mais a ociosidade.
A pedido
do Governo foi concluído, recentemente, um estudo sobre a situação da Polícia
Civil. No estudo está detalhada a precária situação da instituição em relação
ao efetivo. Ele abre a possibilidade de que seja reconstruído o contingente da
Corporação e dá ainda ao governador a chance de cumprir uma das promessas de
sua campanha: instalação de 20 Unidades Integradas de Segurança (Unisegs), em
Fortaleza.
APS
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