Atualmente, das 716 escolas estaduais cearenses, 71 são de Ensino Médio Regular em Tempo Integral, como a Matias Beck, no Mucuripe ( Foto: José Leomar ) |
A Seduc estima que, em 2018, 40 escolas do CE passem a
ser em tempo integral, chegando a um total de 111 unidades
O número de matrículas em escolas de tempo
integral no Ceará subiu de 205.631, no ano passado, para 449.981, em 2017, conforme
o Censo Escolar da Educação Básica 2017, levantamento do Ministério da
Educação. Os dados revelam um aumento de 118% nas inscrições da modalidade nas
redes municipais e estadual. Só no Ensino Médio, elas cresceram 20%, de 52.063
para 62.509. Atualmente, das 716 escolas estaduais cearenses, 71 são de Ensino
Médio Regular em Tempo Integral e outras 117 são de Educação Profissional.
As aulas
ocorrem em dois turnos, ofertando disciplinas do currículo comum e também
disciplinas eletivas, ou seja, o aluno escolhe a disciplina que irá cursar. Não
há separação em turnos diferentes, visando a uma maior integração. A carga
horária anual do ensino integral no Estado é de 1.800 horas. Cada escola do
tipo, presente em 31 municípios, oferta uma jornada de nove horas, garantindo
três refeições diárias. Segundo a Secretaria da Educação do Ceará (Seduc), o
modelo de tempo integral "amplia as oportunidades de aprendizagem que
favorecem o desenvolvimento de competências cognitivas e socioemocionais, além
do protagonismo estudantil por meio de escolhas de componentes curriculares
eletivos". A Pasta estima que, em 2018, 40 escolas passem a funcionar nesta
modalidade, chegando a um total de 111 unidades.
Incremento
Conforme o
Censo Escolar 2017, as matrículas em tempo integral no Ceará também cresceram
em outras faixas etárias. O maior incremento ocorreu no Ensino Fundamental,
passando de 124.153 para 351.869. Já as creches integrais contabilizaram 27.428
inscrições em 2017, contra 22.694 em 2016. Na pré-escola, o modelo também
cresceu, passando de 6.721 para 8.175 matrículas.
Nas
creches de tempo regular, as matrículas também subiram em 2017. O Censo mostra
que o número cresceu 10,17% entre 2016 e 2017 - foi de 110.422 para 121.653
alunos. Na outra ponta da formação escolar, o número de matrículas na Educação
de Jovens e Adultos (EJA), na modalidade presencial, também aumentou 6,33% - de
94.691 de alunos, em 2016, para 100.692 em 2017.
Quedas
Por outro
lado, também foram registradas quedas em matrículas do tempo regular. Na
pré-escola, elas caíram 0,2%, passando de 166.430 para 166.077. Houve redução
também no Ensino Fundamental (1º ao 9º ano), com decréscimo de 2,5% em relação
a 2016, passando de 957.141 para 933.053. O fenômeno se repetiu no Ensino
Médio, com queda de 2,97%: das 335.553 inscrições em 2016, passou-se a 325.558.
De acordo
com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
(Inep), compilador dos dados, essa foi apenas a primeira etapa do Censo
Escolar. A segunda ocorre com o preenchimento de informações como o movimento e
rendimento escolar dos alunos, ao final do ano letivo. A divulgação dos
indicadores de rendimento escolar 2017 só deve ocorrer em maio de 2018.
O total de
matrículas é a base para o repasse de recursos do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e para a execução de programas na
área da educação. Segundo o Inep, os dados possibilitam monitorar o
desenvolvimento da educação, as taxas de rendimento e de fluxo escolar e
distorções idade-série. Além disso, o Censo serve como base para estabelecer
objetivos do Plano Nacional da Educação (PNE). Um deles recomenda a oferta de
educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a
atender, pelo menos, 25% dos alunos da Educação Básica, até 2024.
Fique por dentro
24 novas escolas serão construídas em 2018
A
Secretaria da Educação afirma que há previsão de 24 novas Escolas Estaduais de
Educação Profissional (EEEPs) em 2018. Caso a meta seja cumprida, serão 141
unidades desse porte no Estado. Neste tipo de estabelecimento, os estudantes
aprendem uma profissão ao mesmo tempo em que fazem os três últimos anos da
Educação Básica, das 7h às 17h, com três refeições.
O
currículo desenvolvido é composto por disciplinas da base nacional comum, da
formação profissional e de componentes curriculares como Empreendedorismo,
Mundo do Trabalho, Formação para a Cidadania, Projetos Interdisciplinares e
Língua Estrangeira Aplicada. A carga horária total trabalhada é de 5.400 horas.
Diário do Nordeste
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