Geral
Um milhão de lares depende do Bolsa Família no Estado
O Ministério do Desenvolvimento Social assegura que a
fila de espera do Programa zerou no Estado
No Ceará, 1.041 milhão de famílias depende do
Programa Bolsa Família. Isso coloca o Estado no quinto lugar do País e terceiro
no Nordeste com maior número de beneficiários. O primeiro é a Bahia com 1.833
milhão de famílias, seguida por São Paulo, com 1.535 mi; Pernambuco, 1.154 mi e
Minas Gerais, com 1.058 milhão. Os dados do Ministério do Desenvolvimento
Social (MDS) são de dezembro deste ano e também apontam que a fila de espera
nas 27 unidades de federação foi zerada.
Neste mês,
204 mil novas famílias entraram no Programa, sendo 10.2 mil no Ceará, em
comparação com novembro passado. No País, são 13.8 milhões de famílias que
recebem um valor médio de R$ 179,41. Segundo o MDS, o pagamento deste mês
começou na última segunda-feira e prossegue até o dia 22. Serão repassados
cerca de R$ 2,4 bilhões. No Ceará são pouco mais de R$ 186.384 milhões.
Ainda de acordo com o MDS, Fortaleza lidera o
ranking cearense com maior número de pessoas atendidas, com 189,3 mil famílias,
com rendimento médio de R$179,55. Caucaia é o segundo, com 25,6 mil; seguido
por Juazeiro do Norte (21,6 mil); Itapipoca (18,9 mil) e Sobral (17,7 mil). Em
relação à frequência escolar, um dos principais condicionantes para manter o
benefício, das 1.011 milhão de crianças favorecidas, 93,54% do total ou 946,2
mil são acompanhadas.
Dessas,
95,74% mantiveram a ida à escola regulamente. Com isso, o Estado e o Rio Grande
do Norte têm o segundo pior índice do Nordeste. O pior é Sergipe com 92,91% da
frequência. No Brasil, São Paulo detém o mais baixo percentual, com apenas
88,72% de suas 1.5 milhão da população entre 7 e 14 anos na escola.
Na visão
de especialistas, como a professora e pesquisadora do Núcleo de Estudos de
Gênero Idade e Família (Negif), da Universidade Federal do Ceará (UFC), Maria
Dolores de Brito Mota, o programa foi e continua sendo fundamental, e poderia
ser até mais abrangente.
"Ele
é o início do processo de justiça social. Até porque as mães que atualmente
recebem o benefício fazem parte de uma geração que não teve acesso à escola que
é o caminho mais seguro para a cidadania plena", afirma a professora.
Mulher
Além
disso, analisa, o pagamento é feito diretamente à mulher responsável pela
família, o que levou a um processo de empoderamento em seus lares. Com um poder
sobre os gastos familiares, as beneficiárias decidem mais sobre as compras e
têm mais controle sobre sua vida conjugal.
Um dos
grandes desafios é que a faixa da população mais jovem e mais pobre não
acredita que a educação é o caminho para a construção de um futuro que é
direito.
O ministro
do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, destaca que o cruzamento das
informações declaradas pelos beneficiários no Cadastro Único para Programas
Sociais do Governo Federal com as que constam nas diversas bases de dados
oficiais garante que o benefício chegue a quem realmente precisa. "Além
disso, zeramos a fila de espera pela primeira vez e estamos mantendo-a zerada
há sete meses".
Diário do Nordeste
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