Educação
Nacional
Instituto oferece bolsa de R$ 100 mil a jovens pesquisadores.
O Instituto Serrapilheira,
entidade privada sem fins lucrativos com sede no lRio de Janeiro,
lançou hoje (18) chamada pública para jovens cientistas. Serão
selecionados até 24 jovens pesquisadores, com uma bolsa de até R$ 100 mil para
cada um, para projetos nas áreas de ciências naturais, da computação e
matemática, ao longo de 12 meses.
Após um ano, em
uma segunda fase, até três jovens serão aprovados e ganharão bolsa de
até R$ 1 milhão, cada, para estenderem o projeto para mais três anos.
As inscrições gratuitas serão
abertas de 18 de novembro até 18 de dezembro e o resultado será
divulgado em 24 de abril do próximo ano. O presidente do instituto,
Hugo Aguilaniu, estima que os recursos estarão disponíveis a partir de 10
de junho. Ao todo, incluindo as duas chamadas anteriores, o instituto tem 113
pesquisadores apoiados.
Requisitos
Os candidatos
devem ter vínculo permanente com alguma instituição de pesquisa no
Brasil e ter concluído o doutorado entre 1º de janeiro de 2012
a 31 de dezembro de 2017. Mulheres com um filho têm o prazo estendido
em um ano e aquelas com dois ou mais filhos têm direito a dois anos a mais.
“A parte difícil é a seleção, que
é inteiramente internacional. Ela ocorre, de fato, fisicamente, em lugares
diferentes”, disse Aguilaniu à Agência
Brasil. No ano passado, por
exemplo, a prova de física foi feita na Califórnia, Estados Unidos, enquanto a
de química ocorreu no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, do nome em
inglês), também nos Estados Unidos.
Hugo Aguilaniu informou que a ideia é que o instituto
seja um lugar de financiamento diferente das agências públicas. “A gente
procura projetos que são ousados. A dica é fazer uma grande pergunta difícil,
competitiva, que todo mundo quer responder. É preciso que você dê indícios de
que vai responder melhor que os outros.”
Mulheres e negros
Nas duas primeiras chamadas, a
média recebida foi de 43% de projetos de mulheres e 57% de homens. Uma análise
mais detalhada revela, porém, que a proporção de mulheres em projetos nas áreas
de física e matemática é bem menor. Em relação a pesquisadores negros,
Aguilaniu avaliou que a situação é bem ruim. A inscrição de pessoas que se
declararam negras ficou entre 5% e 7%. “Infelizmente, isso reflete a situação
da pesquisa brasileira hoje”.
Edital
O edital está disponível no site. Serão apoiados exclusivamente projetos de pesquisa
fundamental, que respondam às perguntas “como, quando e por quê”, e não às
perguntas utilitárias, do tipo “para que serve”.
De acordo com o edital, não serão apoiados projetos que
sejam “uma clara continuação de projetos anteriores, com resultados já
previsíveis. É necessário que haja alguma inovação”. Do mesmo modo, não serão
apoiados projetos “voltados exclusivamente a testes clínicos, estudos de saúde
pública, desenvolvimento de biomarcadores e desenvolvimento de processos e
produtos”.
(Agência Brasil)
(Foto: Reprodução)
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