Nacional
Segurança
CPI do Óleo quer acesso a documentos e ouvir autoridades.
A Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o derramamento de óleo nas praias
brasileiras aprovou hoje (28) requerimentos para ter acesso a documentos
referentes às investigações da Polícia Federal e da Marinha sobre as manchas de
petróleo. O colegiado, instalado ontem (27), também quer ouvir ministros e
outras autoridades para saber que as medidas estão sendo adotadas para acabar
com o vazamento e apurar os responsáveis pelo crime.
"A CPI
vai requerer todos os documentos, todas as informações, sigilosas ou não, e
também vamos fazer visitas para mostrar que o trabalho da comissão é de
colaboração, de estar junto às investigações para que possamos descobrir quem é
o responsável por este crime ambiental. E também puni-los na forma da lei
brasileira e, no final, modificar a legislação, para que tenhamos uma estrutura
de proteção ambiental muito mais sólida do que temos hoje", disse o
relator da CPI, deputado João Campos (PSB-PE).
Requerimentos
Na reunião
desta quinta-feira, foram aprovados 20 requerimentos para solicitar
informações, realizar audiências públicas e convites a autoridades para
comparecimento à comissão. Entre os convidados aprovados, estão os
ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles, da Saúde, Luis Henrique Mandetta, e
da Defesa, Fernando Azevedo e Silva.
Também
foram aprovados convites para ouvir dirigentes da Marinha, do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO), do Greenpeace
e da Polícia Federal e especialistas como oceanógrafos, biólogos, geólogos
e químicos.
A próxima
reunião da CPI está marcada para terça-feira (3), mas ainda não há datas para a
realização das audiências.
"A
previsão é que ocorram, no mínimo, duas reuniões por semana, no início,
começando pelos especialistas, para conhecer todas as teses que as
universidades têm levantado, que os departamentos de oceanografia têm
construído. Vamos fazer uma visita externa no mês de dezembro", disse o
relator.
Manchas
As primeiras
manchas de óleo apareceram no litoral da Paraíba no fim de agosto. A substância
atingiu trechos de praias em nove estados do Nordeste e já foram detectados
fragmentos de óleo cru em praias dos estados do Espírito Santo e do Rio de
Janeiro, na Região Sudeste.
Até o
momento a origem do óleo não foi identificada. O impacto da contaminação para a
saúde humana e a economia das cidades litorâneas ainda é incalculável.
(Agência Brasil)
(Foto:
REUTERS / Diego Nigro)
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