Nacional
Saúde
Ministério da Saúde: 135 mil convivem com HIV no país e não sabem.
Campanha quer incentivar diagnóstico precoce.
Às vésperas
do Dia Mundial de Luta Contra a Aids, celebrado no domingo (1) o Ministério
da Saúde fez um alerta: 135 mil pessoas no Brasil convivem com o vírus HIV e
não sabem.
Na
avaliação do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, houve ganhos
importantes nos últimos anos, mas ainda há uma série de desafios. ”Temos uma
epidemia estabilizada em torno de 900 mil pessoas com casos de Aids, e podemos
observar uma epidemia, principalmente em homens jovens, na faixa etária de 25 a
39 anos. É com essa população que precisamos trabalhar prioritariamente”, disse.
De acordo
com os dados apresentados hoje (29), das 900 mil pessoas com HIV, 766 mil foram
diagnosticadas, 594 mil fazem tratamento com antirretroviral e 554 mil não
transmitem o HIV.
O balanço
aponta ainda que o número de contaminados continua subindo no país: há um ano,
eram 866 mil pessoas. Somente no ano passado, foram notificados 43,9 mil novos
casos.
Ao
ressaltar que o Brasil oferece acesso universal ao tratamento, não só de Aids,
mas também HIV, o ministro da Saúde comemorou a redução nos casos e, também, na
mortandade causada pela doença. Foram evitados quase 12 mil registros de Aids
entre 2014 e 2018, e houve queda de mortalidade em 22,8% no período de cinco
anos. “Encerrando o ano de 2019, veremos uma diferença ainda maior. Não podemos
ter casos de morte com
aids”, disse.
Campanha
A nova
campanha do Ministério é direcionada à população jovem, onde a contaminação
está crescendo. O foco é reforçar a importância da prevenção, testagem e
tratamento: "Se a dúvida acaba, a vida continua. Precisamos incentivar o
diagnóstico precoce para salvar vidas. O maior problema ainda é o medo. É
importante esse incentivo para fazer o teste. Temos que atingir metas
internacionais, como algumas cidades já estão fazendo. E o Brasil, da forma
como está indo, ainda precisa testar 90% da população”, disse o diretor do
Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente
Transmissíveis, do HIV/Aids, Gerson Pereira.
Até o fim
do ano, o governo estima que serão distribuídos 462 milhões de preservativos,
que segundo o Ministério é a forma mais eficaz de prevenção. HIV e Aids têm
diferença. A primeira situação é quando a pessoa é portadora do vírus. Na segunda, o infectado já
desenvolveu a doença.
Transmissão vertical
Mandetta
também comemorou a informação de que o município de São Paulo receberá
certificação pela erradicação vertical do HIV, quando o vírus é transmitido
durante a gestação, parto e amamentação. No Paraná, as cidades de Curitiba e
Umuarama foram as primeiras a serem certificadas em 2017 e 2019,
respectivamente.
(Agência Brasil)
(Foto: Arquivo/Agência Brasil)
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