Economia
Nacional
Com alta dos preços da carne, inflação deve ficar em 0,81% em dezembro.
Em janeiro de 2020 o índice deve ficar em 0,53%, proteja BC.
A inflação
deve acelerar em dezembro deste ano, devido a alta dos preços da carne. Apesar
da alta recente, o Banco Central (BC) considera que a inflação neste ano e nos
próximos está em níveis confortáveis. A informação foi divulgada hoje (19) no
Relatório de Inflação, apresentado trimestralmente.
No
relatório, o BC diz que em novembro a
inflação ficou 0,26 ponto percentual acima do projetado, “repercutindo a
combinação da elevação acentuada nos preços de carnes com o reajuste dos jogos
lotéricos e o acionamento da bandeira vermelha” da energia elétrica. Segundo o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação (Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA) em novembro chegou a 0,51%.
O BC
projeta que a inflação vai chegar a 0,81% em dezembro. Em janeiro de 2020 deve
ficar em 0,53% e em fevereiro, em 0,45%.
Caso se
concretize, a alta de 1,80% no trimestre será consideravelmente superior à
variação de 0,90% observada entre dezembro de 2018 e fevereiro de 2019. “As
taxas de inflação mais altas esperadas para o trimestre encerrado em fevereiro,
em comparação com as observadas entre setembro e novembro, refletem a
perspectiva de alta adicional nos preços de carnes, recuperação dos preços de
alimentos in natura– movimento compatível com período chuvoso – e de
elevação dos preços de combustíveis, influenciados pela depreciação do câmbio
[alta do dólar] e entressafra da cana. Destacam-se, ainda, as altas sazonais
nos custos de passagem aérea, ônibus urbano e educação, em dezembro, janeiro e
fevereiro, respectivamente”, diz o BC, no relatório.
Cenários
Ao se
considerar o cenário com trajetórias para a taxa de juros e câmbio extraídas da
pesquisa do BC a instituições financeiras, chamada de Focus, as projeções para
a inflação ficaram em 4% para 2019, 3,5% para 2020 e 3,4% para 2021 e para
2022. Esse cenário supõe trajetória de juros que encerra 2019 em 4,50% ao ano,
reduz-se para 4,25% ao ano no início de 2020, encerra o período em 4,50% ao
ano, sobe até 6,25% ao ano em 2021 e para 6,50%, em 2022. Também supõe
trajetória para o dólar que termina 2019 em R$ 4,15, 2020 em R$ 4,10 e 2021 e
2022 em R$ 4.
No cenário
com trajetória de taxa de juros da pesquisa Focus e taxa de câmbio constante em
R$ 4,20, as projeções para a inflação ficaram em 4% para 2019, 3,7% para 2020,
3,7% para 2021 e 3,5%, para 2022.
Meta de inflação
Cabe ao BC
alcançar a meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Essa meta é 4,25% em 2019, 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, com
intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
O principal
instrumento usado pelo BC para controlar a inflação é a taxa básica de juros, a
Selic. Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais
barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação
e estimulando a atividade econômica.
Quando o
Comitê de Política Monetária aumenta a Selic, a finalidade é conter a demanda
aquecida e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem
o crédito e estimulam a poupança.
(Agência Brasil)
(Foto: Divulgação/Abiec)
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