Capitão Wagner quer canal permanente de negociação entre governo e entidades de segurança.



O deputado federal Capitão Wagner (Pros-CE) se encontrou com o presidente do Conselho Nacional dos Direitos Humanos, Renan Sotto Mayor, nesta quinta-feira (27), para tratar sobre a abertura de um canal de negociação permanente entre o poder público e as forças de segurança.
De acordo com o parlamentar, é preciso que haja, de fato, comunicação. “Esperamos que a partir desse contato, a gente possa ter uma resolução que regulamente justamente essa negociação, evitando assim que os policias tenham péssimas condições de trabalho e garantindo que eles possam estar trabalhando sempre à disposição da sociedade”.
Segundo decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de 2017, é inconstitucional o exercício do direito de greve por parte de policiais e demais servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança. Contudo, a Suprema Corte também decidiu que o poder público teria a obrigação de participar de mediações criadas por entidades que representem servidores das carreiras de segurança pública para negociar interesses da categoria.
POLICIAIS PRESOS NO CEARÁ
Na oportunidade, o deputado Capitão Wagner também apresentou ofício em que solicita providência e apuração de violação aos direitos humanos, contra policiais e bombeiros militares que participaram dos movimentos reivindicatórios por melhoria salarial e condições de trabalho, no Ceará.
“Mais de 40 policiais foram presos no estado do Ceará de forma arbitrária e ilegal, sob a alegação de deserção especial, por faltarem a uma convocação para trabalhar na segurança em festas de Carnaval. O governo do Ceará sequer observou o prazo de oito dias para apresentação dos policiais militares e, o pior, desconsiderou que a maior parte já havia se apresentado espontaneamente logo em seguida.”, explicou.
Além disso, Capitão Wagner ressaltou que os policias foram para a Penitenciária de Segurança Máxima. “O presídio de Itaitinga é recém-inaugurado, está em obras, pois não foi finalizado ainda, não há cobertores e apresenta condições precárias de higiene e alimentação. Sem contar que os policiais tiveram de usar as vestimentas destinadas a presos comuns.”.
(Capitão Wagner)
(Foto: Conselho Nacional dos Direitos Humanos)

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