Queda na umidade do ar é comum no segundo semestre no Ceará.



Com o fim da quadra chuvosa no estado, o Ceará começa a registrar baixas umidades relativas do ar de maneira mais habitual — bem como o predomínio de céu claro, com poucas nuvens, aumento da temperatura máxima e da velocidade dos ventos.
De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), a umidade relativa e a temperatura do ar são inversamente relacionadas uma à outra, ou seja, nos horários com as maiores temperaturas, principalmente no início da tarde, registra-se a menor umidade relativa do ar.
A gerente de meteorologia da Funceme, Meiry Sakamoto, explica ainda sobre as diferenças desse fenômeno entre interior do estado e faixa litorânea. “Áreas do interior do estado apresentam umidade relativa do ar mais baixa quando comparadas ao litoral devido à própria continentalidade, ou seja, a distância do oceano. Além disso, contribuem as condições predominantemente mais secas do solo e da vegetação reduzindo a evapotranspiração para a atmosfera”.
A meteorologista complementa ao informar que “a faixa litorânea geralmente se apresenta mais úmida ao longo de todo o ano, em virtude da umidade proveniente da evaporação da água oceânica e que é trazida para o continente pelos ventos”.
Níveis de umidade relativa do ar
As condições de baixa umidade relativa do ar precisam ser observadas porque podem causar impacto na saúde da população. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica os níveis de umidade relativa do ar nas seguintes proporções: 
– Estado de observação: 40% a 31%;
– Estado de atenção: de 30% a 21%;
– Estado de alerta: de 20% a 12%.
A OMS recomenda reduzir a exposição ao sol e a realização de atividades físicas quando a umidade relativa do ar cai para menos de 30%. Neste caso, o Ministério da Saúde indica ainda o aumento da hidratação, ingerindo mais água, suco natural e/ou água de coco.
Mínimas no Ceará
Como explicado por Meiry Sakamoto, os municípios localizados no interior do Ceará registraram as principais umidades relativas do ar durante o mês de julho. A umidade relativa do ar mínima no estado foi registrada na última terça-feira (21), em Tauá, no Sertão Central e Inhamuns, com 21%. O mesmo resultado no município já havia sido registrado no último dia 17.
Outro registro expressivo observado no dia 17 foi em Crateús, também no Sertão Central, com 21% — essa mesma porcentagem foi observada no dia dois de julho, no município de Morada Nova, localizado na região Jaguaribana.
 (FUNCEME)
(Foto: Brett Sayles/Pexels)

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