PF cumpre 22 mandados de prisão no Ceará contra facção criminosa por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
Operação Caixa Forte
foi realizada em todo território nacional.
A Polícia
Federal (PF) deflagrou 13 mandados de busca e apreensão e 22 de prisão, na
manhã desta segunda-feira, 31, contra facção criminosa por tráfico de drogas e
lavagem de dinheiro em Fortaleza. Ação coordenada pela PF teve apoio da Força
Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO). A primeira fase da
Operação Caixa Forte foi realizada em todo território nacional, por onde se estende
a atuação do grupo criminoso.
Ao todo,
foram cumpridos 422 mandados de prisão preventiva e 201 mandados de busca
e apreensão, em 19 estados brasileiros e no Distrito Federal.
Conforme a PRF, 210 integrantes do alto escalão da facção foram
identificados. Recolhidos em presídios federais, eles recebiam
valores mensais por terem ocupado cargos de relevância na organização.
Criminosos que faziam missões determinadas pela chefia da
facção, como execuções de servidores públicos, também foram identificados.
Aproximadamente 1.100
policiais federais cumpriram 623 ordens judiciais expedidos pela 2ª
Vara de Tóxicos de Belo Horizonte/MG. A Justiça também bloqueou R$ 252
milhões. Em Fortaleza, 60 policiais federais participaram da operação com apoio
de oito policiais militares.
Nesta primeira
fase da investigação, foram identificados os responsáveis pelo "Setor
do Progresso" da facção, como é chamado o segmento que se dedica à
lavagem de dinheiro do tráfico. As investigações "revelaram que os valores
auferidos com o comércio ilícito de drogas eram, em parte, canalizados para
inúmeras outras contas bancárias da facção, inclusive para as contas do
"Setor da Ajuda", aquele responsável por recompensar membros da
facção recolhidos em presídios", diz a PF em nota.
Os
integrantes do grupo criminoso indicavam contas de pessoas que não
pertenciam à facção para que o dinheiro vindo do crime fosse depositado. Dessa
forma, os valores supostamente ficavam ocultos e fora do alcance do
sistema de justiça criminal. Na operação, a PF desarticula o grupo
por meio da descapitalização- quando o dinheiro é bloqueado. A abordagem
patrimonial e a prisão de lideranças estão entre as diretrizes da PF para
lidar com organizações criminosas.
Ainda
segundo o órgão, os presos são investigados pelos crimes de participação em
organização criminosa, associação para o tráfico de drogas e lavagem de
dinheiro. As penas podem chegar a 28 anos de prisão.
(O Povo online)
(Foto: Divulgação)
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