Brasil receberá vacinas contra a Covid-19 doadas pelos Estados Unidos.
Casa Branca
enviará 1º lote com 6 milhões de doses que serão divididas entre 13 países da
América Latina.
O Brasil
e ao menos outros 12 países da América Latina receberão nas
próximas semanas uma doação de 6 milhões de vacinas contra a
Covid-19. As doses serão distribuídas pelos Estados Unidos, segundo anúncio
feito nesta quinta-feira (3) pelo presidente Joe Biden. O
compartilhamento dos imunizantes deverá ser feito através do consórcio Covax Facility.
A
previsão inicial informada por Biden era de enviar 60 milhões de doses,
mas o número foi atualizado para 80 milhões. O 1º lote encaminhado aos países,
incluindo o Brasil, será de uma fatia de 25 milhões das vacinas AstraZeneca, Pfizer,
Moderna e Johnson & Johnson para mais de 40 nações.
Destas,
cerca de 25%, ou 19 milhões de doses, serão distribuídas via Covax, conforme a
participação de cada país no consórcio.
Veja a quantidade aproximada de
doses doadas no 1º lote
- América Latina e Caribe - 6 milhões
- Sul e Sudeste da Ásia - 7 milhões
- África - 5 milhões
Os outros
7 milhões de doses para fechar a conta da primeira remessa serão compartilhados
diretamente com países que, ainda "estão passando por surtos", como
Índia e México.
Apesar da
situação grave da pandemia no Brasil, a Casa Branca não cita o país nesta
distribuição bilateral, uma vez que o Brasil tem participação pequena na Covax
por decisão do governo federal.
"Hoje,
estamos fornecendo mais detalhes sobre como alocaremos os primeiros 25 milhões
de doses dessas vacinas para preparar o terreno para uma maior cobertura global
e lidar com surtos reais e potenciais, altas cargas de doenças e as
necessidades dos países mais vulneráveis", disse Biden em nota.
Os 55
milhões de doses restantes vão seguir o mesmo padrão desta primeira parte do
plano de distribuição: 75% via Covax e 25% de compartilhamento direto com
países vizinhos e parceiros.
O
democrata quer liderar a diplomacia da vacina, hoje comandada pela China, que
já compartilhou 252 milhões de doses com o exterior, ou seja, 42% do total de
sua produção. Para comparação, as 80 milhões de doses prometidas pelos EUA
representam 13% da fabricação local. A União Europeia, por sua vez, já exportou
111 milhões de doses, e a Rússia, 27 milhões, segundo o Wall Street Journal.
Pedido de ajuda
O governo
brasileiro procurou a Casa Branca pela primeira vez em março, somente depois de
a imprensa americana noticiar que Biden avaliava doar doses. Antes disso,
outros países já haviam feito o mesmo pedido, como o México.
Em 19 de
maio, o embaixador do Brasil nos EUA, Nestor Forster, reuniu-se com a
coordenadora da resposta global à pandemia do Departamento de Estado americano,
Gayle Smith, ao lado de representantes de outros países do hemisfério
ocidental, para debater a distribuição das vacinas. Mas nada de concreto foi
decidido na ocasião.
(Diário do Nordeste)
(Foto: Alfredo Estrella/AFP)
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