Corpo de Bombeiros alerta para os riscos de queimaduras por caravelas e águas-vivas.

 



Manter a distância do animal é o principal cuidado

Corpo de Bombeiros alerta para os riscos de queimaduras por caravelas e águas-vivas. O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE), por meio da 1ª Companhia de Salvamento Marítimo do Batalhão de Busca e Salvamento (1ª CSMAR/BBS) discorre sobre dicas sobre os perigos do mar. O tema recorrente tem sido os riscos de queimaduras com Caravelas e Águas-vivas, principalmente na Praia do Futuro, área de atuação da (1ª CSMAR/BBS). Na Área Integrada de Segurança 10 (AIS 10).

Cuidados com queimaduras por Caravelas e Águas-vivas

De acordo com o Soldado Davi Almeida Freire do Corpo de Bombeiros na Praia do Futuro (1ªCSMar/BBS), “a princípio caravelas e águas-vivas são dois animais distintos. Como também, a maior incidência de atendimentos na Praia do Futuro é quase que totalmente por conta das caravelas que devido a sua anatomia, que dispõe de uma bolsa de ar, estes animais são empurrados pelos ventos e acabam chegando na faixa de areia. Assim como, ser o verão a sua época de procriação”, informou o biólogo e guarda-vidas.

A Caravela Portuguesa também é conhecida como flutuador e é o que está acima do nível do mar. É responsável pelo movimento do animal, porque, graças à ação do vento, ele se move sobre a superfície. Seu comprimento é variável, com espécimes cujo pneumóforo mede cerca de 10 cm, para outros que atingem 30 cm. Tem uma consistência gelatinosa e é translúcido, mas não transparente. No brilho do sol, apresenta uma coloração cujos tons se expandem de azulado a violeta.

Sintomas

Entre os sintomas e sinais que aparecem quando o contato com os tentáculos de Physalia physalis podem ser mencionados:

– coceira intensa.

– Vermelhidão da área. Você pode até ver marcas lineares que indicam o contato inequívoco dos tentáculos com a pele.

– Inflamação da área circundante.

– Queimação e dor na área afetada.

– Reação alérgica aos componentes da toxina.

Primeiros socorros

Guarda-vidas da 1ª Companhia de Salvamento Marítimo do Batalhão de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros, o Major Chailon Fonteles acompanha as ocorrências de águas-vivas e caravelas na Praia do Futuro. Ele reforça a atenção ao ambiente como principal prevenção. “Sempre alertamos que a praia, por ser ambiente natural, oferece riscos aos frequentadores. Apesar de ser um local de lazer, é preciso estar atentos aos organismos. Alertamos aos pais para que as crianças não se aproximem desses animais para não virem a sofrer de queimaduras”, indica.

A dor forte causada pelo contato com os filamentos dos animais é intensa e pode durar até meia hora. “É uma experiência bastante desagradável. É preciso superar uns 20 ou 30 minutos de dor”, conta o Major Chailon. Para aliviar a queimação, o mais indicado é lavar o local com água salgada. “Não usar água doce. Pode potencializar a queimadura. Se a água salgada estiver resfriada e gelada ainda é melhor para dar uma analgesia no local. Vinagre também é indicado”, completa o oficial.  A lesão, contudo, pode precisar de atenção médica especializada. “Se a reação for muito intensa, ou a vítima for alérgica, o ideal é procurar atendimento médico com urgência”, recomenda o comandante da 1ª Companhia de Salvamento Marítimo (1ªCSMar) do Batalhão de Busca e Salvamento (BBS).

Confira as dicas para prevenir acidentes

– Esteja sempre em área protegida por guarda-vidas;

– Pergunte ao bombeiro sobre as condições da água e se há presença de águas-vivas e/ou caravelas. Se houver, evite entrar no mar;

– Saia da água imediatamente ao avistar águas-vivas e caravelas;

– Evite entrar no mar sozinho ou à noite;

– Não toque nos animais, mesmo aqueles que estejam aparentemente mortos na areia da praia.

– Se você for queimado, saia imediatamente da água e lave o local apenas com água do mar, sem esfregar as mãos na área afetada.

– A única outra substância recomendável para se colocar na área atingida é o vinagre, que neutraliza a ação da toxina.

– Caso haja grande área de queimadura, ou se surgirem sintomas como vômitos, náuseas, câimbras musculares ou dificuldade para respirar, é recomendado que se busque uma unidade de saúde para tratamento específico, principalmente se a vitima for alérgica.

Segundo o Centro de Estudos do Mar (CEM), da Universidade Federal do Paraná (UFPR), as maiores taxas de reprodução das águas-vivas e caravelas são registradas no verão. Além disso, o aquecimento global e a pesca predatória que retira organismos competidores também favorecem o aumento da população das medusas.

O que fazer em caso de queimaduras

O Corpo de Bombeiros do Ceará orienta que, no caso de ser tocado por um desses animais, o banhista use a própria água do mar, vinagre ou soro fisiológico gelado para limpar o local, pois eles impedem que o veneno do animal siga entrando na pele e alivia a dor.

Uma dica é procurar um posto de guarda-vidas para ter orientações.

Em caso de pessoas com alguma predisposição alérgica, que apresentarem dores pelo corpo, mal-estar ou vômito, é preciso ficar atento e buscar atendimento médico imediatamente.

O que NÃO se deve fazer se for queimado por água-viva

– Encostar na área afetada, pois pode queimar a mão e espalhar o veneno para outras partes do corpo;

– Jogar água doce no local, isso só irá potencializar a ação do veneno;

– Coçar e esfregar.

(CBMCE)

(Foto: Reprodução)

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