PF investiga 37 servidores suspeitos de receber o Bolsa Família de forma irregular no Ceará.
Foram cumpridos três mandados de busca
e apreensão nesta sexta-feira, 24.
A Polícia Federal investiga 37 servidores públicos do Ceará que estariam
recebendo o Bolsa Família, benefício social voltado para pessoas em situação de
pobreza ou extrema pobreza, de forma irregular. Nesta sexta-feira, 24, foram cumpridos três mandados
de busca e apreensão. De acordo com informações da PF, os 37 nomes
deverão ser intimados e ouvidos. Os suspeitos devem começar a ser ouvidos
a partir de segunda-feira, 27.
As apurações começaram com a denúncia de que esses servidores estariam
recebendo indevidamente o Bolsa Família. As investigações identificaram, a
partir do cruzamento de dados, que todos os servidores que recebiam o
beneficiam tinham salário acima de R$ 2 mil e, portanto, não fazendo parte do
público alvo da política.
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As investigações, que começaram em 2020, pretendem analisar o material
apreendido, sobre o fluxo financeiro dos suspeitos, apurando se há participação
de terceiros. "Os investigados poderão responder, na medida de suas
responsabilidades, pelo crime de estelionato qualificado e, se condenados,
poderão cumprir penas de até 6 anos de reclusão", afirma nota da Polícia
Federal.
Patrimônio mais
elevado
"Dos 37 investigados, foram escolhidos 3 com patrimônio mais
elevado, que possuíam veículos em nome próprio ou em nome de familiares, eram
sócios de empresas e pessoas com passaporte. Vislumbrou-se que essas pessoas
teriam informações a mais para dar", informou o delegado Polícia Federal,
Olavo Pimentel.
O delegado também disse que o cadastro no Bolsa Família também será algo
que vai passar pela apuração da PF. "Quem fez o cadastro dessas pessoas?
Por que foram aprovados? No dia em que foi feito o cadastro da pessoa, de
alguma maneira, os investigados apresentaram um documento que não era
correto?", questiona o delegado, dando rumo às investigações.
Os mandados para os três investigados iniciais foram realizados nos
bairros de Cidades do Funcionários, Parque Manibura e Jangurussu. "A
fraude no programa social pode se enquadrar no estelionato majorado, pelo fato
de envolver dano a órgão público e a pena pode chegar até três anos",
conclui o delegado.
(O Povo- Online)
(Foto: Polícia Federal)
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