Reabertas inscrições do Enem para isentos ausentes no exame de 2020.
As
inscrições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021 começam hoje (14) para
os estudantes de baixa renda que tiveram isenção de taxa na edição do exame em
2020 e não compareceram às provas. Elas podem ser feitas na Página
do Participante, sem que seja necessário justificar a ausência no
Enem 2020 ou pagar a taxa de inscrição.
O prazo
vai até 26 de setembro e as inscrições são exclusivas para o Enem impresso. Os
isentos ausentes no Enem 2020 também poderão solicitar, até 27 de setembro, o
atendimento especializado e tratamento pelo nome social.
Para esse
público, as provas do Enem 2021 serão aplicadas em 9 e 16 de janeiro de 2022,
mesma data da realização do Enem para Pessoas Privadas de Liberdade e jovens
sob medida socioeducativa que inclua privação de liberdade (Enem PPL).
A
aplicação das provas nos dias 21 e 28 de novembro de 2021 está mantida para
todos os participantes que já tiveram a inscrição confirmada no exame, conforme
previsto no edital regular. Ao todo, 3.109.762 pessoas foram confirmadas para o
Enem 2021, nas duas versões do exame, impressa e digital. Esse foi o menor
número de inscrições desde 2005.
Decisão
do STF
O
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)
reabriu o prazo de inscrição para os isentos ausentes no Enem 2020 em
cumprimento a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida foi
formalizada hoje (14) em edital complementar publicado no Diário Oficial da
União.
O valor
da taxa de inscrição no Enem é de R$ 85 e, pelas regras do primeiro edital,
quem teve direito à isenção no Enem 2020, mas faltou à prova, só poderia obter
nova gratuidade no Enem 2021 se conseguisse justificar a ausência. As
justificativas precisavam ser comprovadas documentalmente, bem como se encaixar
nas hipóteses previstas, que incluíam situações como acidentes de trânsito,
morte de familiar, emergências médicas e assaltos, entre outras.
Entretanto,
o STF entendeu que, em razão da pandemia de covid-19, as provas do ano passado
foram aplicadas em um contexto de anormalidade, e a exigência de comprovação
documental para os ausentes viola diversos preceitos fundamentais, entre eles o
do acesso à educação e o de erradicação da pobreza. Além disso, a obrigação
imposta pelo edital penaliza os estudantes que fizeram a “difícil escolha” de
faltar às provas para atender às recomendações das autoridades sanitárias de
evitar aglomerações.
Quem
estivesse com covid-19 ou tivesse contato com alguém infectado também poderia
apresentar essa justificativa. Mas o candidato que faltou somente pelo medo de
contaminação, por exemplo, ou que não pudesse comprovar com documentos nenhuma
outra razão para a falta, não estaria coberto pela gratuidade na edição do
exame deste ano.
Quem
tem direito à isenção?
O novo
prazo para inscrição com isenção da taxa vale para aqueles que comprovarem ter
direito à gratuidade, mas sem que precisem justificar falta em edição anterior
do exame.
Pessoas
que cursaram todo o ensino médio em escola pública ou que foram bolsistas
integrais durante toda a etapa em escolas particulares têm direito à gratuidade
na inscrição do exame. Alunos que estão cursando a última série do ensino médio
na rede pública, no ano de 2021, também podem pedir a isenção.
O mesmo
vale para quem está em situação de vulnerabilidade socioeconômica por ser
membro de família de baixa renda. Nesse caso, é preciso comprovar a inscrição
no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).
(CN7)
(Foto: Redação CN7)
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