Anvisa decide nesta quarta-feira, 19, se libera autoteste de Covid-19 no Brasil, veja como funciona.
Fora do Brasil, o
produto é vendido em farmácias ou distribuídos pelo sistema público de saúde.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidirá nesta
quarta-feira, 19, se libera o uso do autoteste de Covid-19
no Brasil. O exame é bastante utilizado em outros países, principalmente nos
Estados Unidos e Reino Unido. O aumento de casos de covid-19 e por consequência
a falta de exames nos laboratórios para o diagnóstico da doença fizeram o
Ministério da Saúde solicitar a liberação dos autotestes. Discussão está
marcada para começar às 15 horas.
Fora do Brasil, o produto é vendido em farmácias ou distribuídos pelo
sistema público de saúde. A principal diferença entre os autotestes e os exames
que são oferecidos por aqui é a praticidade de o próprio usuário coletar sua
amostra e, seguindo as instruções do fabricante, descobrir se está ou não com
Covid-19, sem a necessidade de ajuda de um profissional. Isso viabiliza a
testagem sem que as pessoas saiam de casa.
O autoteste tem entre 78% a 92% de
sensibilidade, para pessoas assintomáticas e sintomáticas, respectivamente. Mas
tem sua segurança questionada por conta das variáveis que são consideradas
no momento do diagnóstico e da capacidade de manuseio do produto pelo usuário,
ou seja, existe a dúvida se as pessoas vão compreender as instruções de coleta
da amostra.
Outro fator negativo do autoteste, comprovado por estudos feitos nos
Estados Unidos, é que o exame só detecta a variante Ômicron após o terceiro dia
de infecção. Na pesquisa foram coletadas 30
amostras de pessoas com Covid-19. A mutação do vírus é uma das
causas do grande número de casos das últimas semanas.
A Anvisa entende que a aprovação dos autotestes deve vir junto de uma
política de saúde mais efetiva por parte do governo. O órgão explicou que os
países que já aprovaram os exames fora de laboratórios “detêm critérios
sanitários direcionados a tais situações e estabeleceram políticas públicas na
perspectiva do combate à disseminação do coronavírus”.
"A situação de autotestes voltados a doenças de notificação
compulsória requer a vinculação a políticas públicas com propósitos claramente
definidos. A avaliação dos cenários, contexto epidemiológico, fatores culturais
e mesmo a capacidade de assistência devem ser considerados na implementação de
medidas que visem a melhoria de resultados", afirmou a agência.
Ministério da
Saúde solicitou aprovação de autoteste de Covid-19
Para viabilizar a aprovação, o Ministério da Saúde, que está à cargo da elaboração
de políticas públicas de saúde, enviou à Anvisa um plano nacional de testagem de
Covid-19. Para isso, solicitou a liberação dos autotestes e no
documento prevê o uso do produto em "em larga escala".
“O objetivo geral do PNE-Teste é expandir a ação Testa Brasil com o diagnóstico
da Covid-19 por meio do teste rápido de antígeno (TR-AG) para pessoas
sintomáticas e assintomáticas com foco na monitorização da situação
epidemiológica e direcionar os esforços na contenção da pandemia no território
nacional”, ressalta o Ministério da Saúde no documento.
Como o autoteste
de Covid-19 é realizado
Nos países onde são comercializados, os autotestes custam cerca de R$
60. Nos Estados Unidos o mais conhecido é o BinaxNOW, do laboratório Abbott.
Similar ao teste RT-PCR (Swab Nasal),
acompanha um cotonete o qual deve ser passado nas narinas, porém não há
necessidade de enfiá-lo no fundo como o PCR, que é feito com amostras
localizadas na nasofaringe.
A pessoa deve introduzir o cotonete de 1 a 1,5 cm da entrada das narinas e o
girar por pelo menos cinco vezes, durante uns 15 segundos, para coletar a
amostra. O material em seguida é inserido no teste e algumas gotas de um
reagente são postas sobre a amostra.
Após isso, o resultado sai em 15 minutos, sendo que é preciso ter atenção para
dois momentos. O teste tem uma abertura com duas linhas chamadas de “Controle
e Amostra”; a primeira serve para controlar se o reagente e a
amostra estão corretamente posicionadas no autoteste. E a segunda linha, que
tem anticorpos contra o Sars-CoV-2, onde a amostra se encontra. Nesta linha, se
você estiver infectado, as partículas virais vão reagir com os anticorpos do
teste formando uma linha sobre a “Amostra” indicando que deu positivo.
(O Povo- Online)
(Foto: Abbott/Divulgação)
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