“Nossa paciência com a Enel esgotou-se”, disse à coluna neste domingo, 27, o presidente da Faec, Amílcar Silveira, que já recebeu a informação de que outras dezenas de pecuaristas tomarão a mesma providência, judicializando suas relações com a Enel, que distribui, com exclusividade, energia elétrica na geografia do Ceará..
Ontem, na Fazenda Manoel João, em Abaiara, uma importante granja leiteira do município, o rebanho completou três dias sem ordenha porque, por falta de energia – o que se deu às 9h30min do dia 26 – estão sem funcionar os equipamentos da ordenha mecânica nem os tanques de resfriamento, inviabilizando o armazenamento da produção leiteira.
“O gado da nossa fazenda é acostumado à ordenha mecânica e não permite a ordenha manual”, explica – em vídeo exibido nas redes sociais – um dos funcionários da fazenda, cujo proprietário é o agropecuarista José Moreira de Albuquerque Júnior.
A mesma funcionária revelou que, desde ontem até as 11 horas de hoje, 27, fez 11 ligações telefônicas para o escritório da Enel em Abaiara, pedindo socorro técnico, mas sem sucesso.
"A falta de ordenha gera mastite bovina e compromete a saúde do animal", afirma, revoltada, a funcionária da fazenda Manoel João em mensagem postada em uma rede social.
Por sua vez, o presidente da Faec, Amílcar Silveira, adverte:
“Nosso jogo manso com a Enel acabou. Vamos partir agora para jogo duro pela via judicial”.
A entidade já contratou um dos melhores escritórios de advocacia do Ceará.
(diário do nordeste)
(foto:divulgação)
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