Conheça alguns golpes bancários e saiba como evitá-los
As tentativas de golpes bancários
cresceram 31%, neste ano, no Brasil, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Os números acompanham o aumento da digitalização desses serviços. Nesse
contexto, os criminosos adéquam as armadilhas de acordo com a plataforma
utilizada e o perfil de cada consumidor.
Atualmente, a instituição detectou,
pelo menos, sete modelos de golpes mais praticados. Veja abaixo quais são e
como evitá-los.
Golpe do Falso
Motoboy
O golpe começa quando o cliente recebe
uma ligação do golpista que se passa por funcionário do banco, dizendo que o
cartão foi fraudado. O falso funcionário solicita a senha e pede que o cartão
seja cortado, mas que o chip não seja danificado. Em seguida, diz que o cartão
será retirado na casa do cliente. O outro golpista aparece onde a vítima está e
retira o cartão. Mesmo com o cartão cortado, o chip está intacto e os
fraudadores podem utilizá-lo para fazer transações e roubar o dinheiro da
vítima.
Como evitar
Os bancos nunca pedem o cartão de
volta nem mandam portadores até a sua casa para buscá-lo. Se receber esse tipo
de ligação ou visita, não entregue nada para ninguém e ligue imediatamente para
o seu banco, de preferência de um celular, para saber se existe algum problema
com a sua conta.
Golpe da Falsa Central de
Atendimento
O fraudador entra em contato com a
vítima se passando por um falso funcionário do banco ou empresa com a qual ela
tem um relacionamento ativo. Informa que sua conta foi invadida, clonada ou
outro problema e, a partir daí, solicita os dados pessoais e financeiros da
vítima. E até mesmo pede para que ela ligue na central do banco, no número que
aparece atrás do seu cartão, mas o fraudador continua na linha para simular o
atendimento da central e pedir os dados da sua conta, dos seus cartões e,
principalmente, a sua senha quando você a digitar.
Como evitar
Se receber esse tipo de contato,
desconfie na hora. Desligue e entre em contato com a instituição através dos
canais oficiais, de preferência usando o celular ou aplicativos móveis, para
saber se algo aconteceu mesmo com sua conta. O banco nunca liga para o cliente
pedindo senha nem o número do cartão e também nunca liga para pedir para
realizar uma transferência ou qualquer tipo de pagamento.
Golpe no WhatsApp
Os golpistas descobrem o número do
celular e o nome da vítima de quem pretendem clonar a conta de WhatsApp. Com
essas informações em mãos, os criminosos tentam cadastrar o WhatsApp da vítima
nos aparelhos deles. Para concluir a operação, é preciso inserir o código de
segurança que o aplicativo envia por SMS sempre que é instalado em um novo
dispositivo.
Os fraudadores enviam uma mensagem
pelo WhatsApp fingindo ser do Serviço de Atendimento ao Cliente do site de
vendas ou da empresa em que a vítima tem cadastro. Eles solicitam o código de
segurança, que já foi enviado por SMS pelo aplicativo, afirmando se tratar de
uma atualização, manutenção ou confirmação de cadastro.
Com o código, os bandidos conseguem
replicar a conta de WhatsApp em outro celular, têm acesso a todo o histórico de
conversas e contatos. A partir daí, os criminosos enviam mensagens para os
contatos, passando-se pela pessoa, pedindo dinheiro emprestado.
Desconfie de pessoas pedindo dinheiro
ou seus dados por aplicativos de mensagem. Geralmente os golpistas apelam para
alguma urgência falsa e pedem depósitos e transferências via Pix para contas de
terceiros ou então para pagar alguma conta.
Como evitar
Primeiro, proteja o seu WhatsApp de
invasões e clonagens. Nas configurações do aplicativo, clique em “Conta”,
depois em “Confirmação em Duas Etapas” e ative essa funcionalidade de segurança
com uma senha. Você diminui a chance de golpistas roubarem seu número. E nas
configurações de privacidade, deixe a sua foto de perfil pública apenas para os
seus contatos, assim ninguém a utiliza para golpes. Nunca compartilhe o código
de segurança. E caso receba mensagens de parentes ou conhecidos pedindo
dinheiro emprestado, confirme a identidade de quem está do outro lado.
Golpe da troca do cartão
Golpistas que trabalham como
vendedores prestam atenção quando você digita sua senha na máquina de compra e
depois trocam o cartão na hora de devolvê-lo. Com seu cartão e senha, fazem
compras usando o seu dinheiro. O mesmo pode acontecer com desconhecidos
oferecendo ajuda no caixa eletrônico. Eles se aproveitam de alguma dificuldade
sua no terminal eletrônico para pegar rapidamente o seu cartão e depois
devolver um que não é seu, ao mesmo tempo que espiam sua senha.
Como evitar
Fique sempre atento na hora das
compras. Confira se é mesmo o seu nome impresso no cartão devolvido e, se
possível, passe você mesmo o cartão na maquininha em vez de entregá-lo para
outra pessoa. Nos caixas eletrônicos, procure funcionários do banco devidamente
uniformizados, não aceite ajuda de desconhecidos.
Golpe do link falso
Um golpe em que normalmente ofertas
muito atrativas chegam por e-mail ou redes sociais como iscas para que os
usuários informem seus dados como número de CPF, conta, cartões e senhas. Essas
mensagens também podem instalar vírus e aplicativos que roubam seus dados por
meio de links maliciosos, permitindo os golpistas acessarem todas as suas
contas.
Como evitar
Desconfie de mensagens que você não
pediu ou aprovou, e de ofertas em que o desconto é tentador demais. Fique
atento ao e-mail do remetente, empresas de grande porte não utilizam contas
privadas como @gmail, @hotmail ou @terra e entidades públicas sempre usam
@gov.br ou @org.br. Em caso de links, confira se o endereço da página
corresponde ao correto. Em caso de dúvida, não clique.
Golpe do falso leilão
Golpistas criam sites falsos de
leilão, anunciando todo tipo de produto por preços bem abaixo do mercado.
Depois pedem transferências, depósitos e até dinheiro via Pix para assegurar a
compra. Geralmente apelam para a urgência em fechar o negócio, dizendo que você
pode perder os descontos. Mas nunca entregam as mercadorias pagas. Além disso,
os fraudadores podem se aproveitar para roubar informações importantes como CPF
e número de conta das vítimas.
Como evitar
Sempre pesquise sobre a empresa de
leilões em sites de reclamação e confira o CNPJ do leiloeiro. Nunca faça
transações financeiras em sites que não tenham o cadeado de segurança no
navegador e certificados digitais para transações, nem faça transferências para
contas de pessoas físicas.
Golpe do falso empréstimo
Organizações criminosas se passam por
falsas instituições financeiras e oferecem empréstimos com condições muito
vantajosas para o consumidor. As quadrilhas fazem anúncios em sites na internet
e oferecem crédito, com condições muito atrativas, inclusive, prometem
liberação fácil de dinheiro para consumidores negativados.
Quando o interessado preenche o
cadastro nestes sites fraudulentos, os bandidos entram em contato e pedem que
ele assine um suposto contrato, mas, sem que o usuário perceba, colocam
cláusulas impondo multas, caso haja desistência. Para que o falso empréstimo
seja liberado, os bandidos pedem o pagamento de taxas e impostos e dizem que a
prática é normal.
Como evitar
A Febraban alerta que não existe
nenhum tipo de empréstimo em que a pessoa tenha que fazer qualquer tipo de
pagamento antecipado, seja de impostos, de preenchimento de cadastro ou de
supostos adiantamentos de parcelas, e esclarece que este tipo de abordagem
sinaliza fraude. Em todas as operações de crédito regulares, o cliente recebe o
dinheiro e não tem que pagar nada para obter o empréstimo.
Desconfie de sites na internet que
ofereçam crédito com condições vantajosas. Sempre pesquise e verifique se a
instituição é autorizada pelo Banco Central a oferecer empréstimos.
(Diário do
Nordeste)
(Foto: Shutterstock)
Deixe seu comentário
Postar um comentário